sexta-feira, 28 de março de 2025

REFLETINDO ABUNDÂNCIA

No dicionário como no cotidiano humano, abundância significa; grande porção ou quantidade excessiva, superior ao necessário, de bens; opulência, fortuna, luxo e hoje em dia, escassez de quase tudo e violência.

E aí, pensamos que Deus, jamais foi justo na distribuição das benécias pecuniárias e como somos tementes a ele e ainda, morremos de medo em com ele bater de frente, já que é onipotente e onipresente, transferimos nossas frustrações e raivas, para todo aquele que de abundância se farta, nem que seja apenas, por possuir um celular, transformando-o, numa fonte de inveja e num constante inimigo, atribuindo a ele, tudo quanto, de ruim, possa estar nos acontecendo.


Mas aí, mora a mas grosseira incoerência, já que numa pratica muito explorada pelos políticos, ditos humanistas, socialistas, comunistas e etc. e tal, que com seus discursos e ações assistencialistas, mantém seguro e bem cercados os seus currais eleitorais, desde a República velha, sem na realidade, abrirem mão de suas benécias pessoais, que em sua maioria esmagadora, foram adquiridas através das funções de salvadores da fome e da miséria que estranhamente, não só não diminuem, como aumentam a cada década segundo os índices medidores, sejam públicos ou privados.

Aliás, esse expediente carreirista se expande sem medidas, já que para ser um candidato ao título de político, basta saber ler e escrever(soletrando) tal qual, os antigos coronéis, com a novidade de não precisarem interpretar seja lá o que for, pois, o que vale pra eles, são seus interesses pessoais, assim como, sequer precisam de recursos próprios e muito menos de terras e jagunços, já que contam com as milícias e policiais, além, também para alguns, não faltando apoiadores endinheirados que como bons jogadores, apostam suas fichas nas promissoras “zebrinhas” que lhes são fiéis, garantindo-lhes um compensador retorno durante quatro anos.

No quesito abundância da mesmice, geralmente travestida com a rota bandeira da Democracia, cá está a política brasileira, nos moldes das Escolas de Samba, preparando-se desde a quarta-feira de Cinzas, parar o próximo carnaval com os devidos engajamentos e no caso da política, para uma próxima eleição que só ocorrerá em outubro de 2026.

Penso então, que a política que segundo o filósofo grego Aristóteles descreveu, seria um meio pelo qual a coletividade chegaria à felicidade, errou feio, enquanto, Nicolau Maquiavel, autor de "O Príncipe", inaugura uma forma distinta de pensar a política,  ponderando que o bem e o mal, no caso, muito mais o mal, pois, o bem e exclusividade deles e de seus aliados, é tão somente, meios de se chegar ao fim, o que pelo visto e comprovado, definitivamente, jamais foi para se obter um fim feliz para o povo que na prática, se contenta em poder comer, dançar e copular, numa maior abundância onde a ignorância cidadã, só é menor, frente a ignorância existencial, para total angustia de quem faz uso da racionalidade, milagre maior de Deus, que o Diabo, insiste em dominar.

“Com a chegada do outono, trazendo consigo, as cantadoras cigarras, os pardais e tantos outros, a festa se faz presente em meu jardim, afinal, barulhando, copulando e se alimentando, todos sem discriminação de qualquer espécie, encontram a abundância e consequente liberdade de que tanto precisa, o que, 

 aí, talvez, esteja a explicação da paz existente” e que, visceralmente desfruto”.

* Racionalidade- capacidade de exercer a própria razão com capacidade lógica.

Regina Carvalho-28.3.2025 Itaparica

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