quarta-feira, 26 de março de 2025

Gato Por Lebre...

Escrevi a minha vida inteira sobre o quanto, somos dispersivos em relação as observações dos detalhes fundamentais que caracterizam as pessoas com as quais convivemos, acreditando piamente que as conhecemos, quando na realidade, delas só vislumbramos a aparente casca e o que ela, conscientemente, nos quer revelar, ficando os seus interiores, como totais desconhecidos, esquecendo-nos também que é assim que agimos, portanto, porque com elas, seria diferente?


Cascas que muitas vezes, brutas e ásperas, são camuflagens de almas amarguradas, assim, como cascas belas e lisas, que disfarçam almas cruéis, frias e calculistas, daí, tantos desencontros como os que estamos vivenciando num volume estratosférico nesta era, onde tudo é permitido mostrar, e deveria ser possível observar melhor as pessoas, já que estão mais explicitas. No entanto, como estamos anestesiados em nossas percepções, deixamos passar batido ou simplesmente, as cortamos de nossas vidas, afinal, é mais fácil, já que não se tem tempo a perder.

Agindo assim, perdemos pérolas ou o que é pior, nos alimentamos de gatos como se fossem saborosas lebres, até que em dado momento, os disfarces deslizam ou, relaxamos e finalmente, somos capazes de observar e aí, nos sentimos surpreendidos.

Tolos enganados nos sentimos, mas será esta, a realidade dos fatos ou só nos iludimos com a casca, esquecendo-nos que nem todas as embalagens, definem a qualidade dos conteúdos?

Inclusive os nossos, que podem ser bem feinhos e, até danosos

Regina Carvalho- 25.3.2025 Itaparica

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