segunda-feira, 3 de outubro de 2022

FORA DE MODA

Sentadinha diante do meu notebook, ouvido "Chopin" depois de ler um comentário de uma “amiga” online que perguntou de forma jocosa quem era essa “Figura”no caso referindo-se a  Edivaldo Pereira Franco, e aí, sinto uma imensa necessidade em declarar que realmente os tempos mudaram e pessoas como eu, que pensam, antes de falar e escrever merdas, a respeito de assuntos, sejam eles quais forem, realmente estão fora de moda, já que ser descolado nos dias atuais é palpitar sobre tudo, principalmente sobre o desconhecido, como se doutores da imbecilidade  fossem.

Trabalhar-se duramente décadas em prol de uma causa que propicia um pouco de dignidade e segurança terrena e espiritual para milhares de pessoas, nada significa nos tempos atuais, onde a banalidade e a insensatez disputam o pódio da estupidez...


Realmente estou fora de uma moda que foi se deteriorando no desfilar das últimas quase 4 décadas onde os mais significativos valores morais e éticos foram sendo jogados no lixo.

E aí, estar na moda é seguir como animais vendados os modismos descartáveis, as emoções fabricadas, os sentimentos rasteiros, as perversões alucinadas, num ridículo trágico cômico, que estimula em desespero a violência em todos os níveis, desagregando famílias, comunidades e instituições, numa loucura fantasiada de seriedade.

Estou fora de moda, pois enxergo e renego o oportunismo dos safos de plantão.

Estou fora de moda, justo porque ainda me norteio pelos exemplos exitosos do passado para seguir em frente.

Estou fora de moda porque estudo e busco me aperfeiçoar nas posturas pessoais e de conhecimentos gerais, na tentativa de ser menos neófita em relação a vida e aos costumes.

Estou fora de moda porque, leio, analiso, interpreto e não abro mão de sonhar com dias melhores, assim como desejando que mais que um diploma universitário, os jovens busquem “pensar”, compreender e respeitar, seja lá o que for.

E, talvez assim, possam se chegarem a envelhecer, serem mais generosos nas suas avaliações e mais discretos nas suas ignorâncias, assim como mais humildes para reconhecerem a grandeza alheia.

Estou fora de moda, confessando também estar sem nenhuma paciência para ler ou ouvir falácias dos falastrões que nada de fato fazem, além de palpitarem sob o foco de um holofote qualquer, garantindo seus cinco minutos de desfocada fama. 

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Sou uma velha de 75 anos que só lamenta não ter tido aos 30/40 a paz e o equilíbrio que desfruto hoje. Sim é verdade que não tenho controle ...