Estou aqui pensando neste bendito amanhecer de outubro que o melhor que aconteceu em minha vida foi exatamente aceitar as pessoas como elas são, extraindo delas, sempre o sumo mais saudável para me nutrir.
Naturalmente enxergo nossas diferenças e em algumas vejo claramente o meu contrário, mas como sou uma bisbilhoteira emocional, observo muito além do que é falado e mostrado e aí, vocês nem imaginam as incríveis pérolas que já encontrei.
Creio que toda essa minha prática pelas descobertas íntimas alheias se deu quando, eu percebi embevecida o meu fascínio por gente.
Ainda me lembro de ficar sentadinha no portão do prédio da Barão da Torre, prestando atenção nos meus vizinhos nos seus ires e vires na calçada e no quanto, eu as desnudava com meus olhinhos de 8/10 anos e que se tornou um hábito até o dia de hoje.
Suas diversidades físicas, seus andares únicos, seus sorrisos ou não para mim e aí, novamente algo estranho aconteceu, afinal, me era possível sentir suas vibrações que de tão distintas nas suas emanações, chegavam a me causar do arrepio a comoção amorosa.
Penso então, que somos incríveis criaturas e no quanto ideal e gostoso seria, se pudéssemos não ser tão brutais uns com os outros.
Se aprendêssemos a defender o nosso quinhão sem termos que tentar pisotear no quinhão alheio, afinal, somos um manancial de infinitas riquezas, bastando apenas que com o mesmo empenho que nos dedicamos a desvendar os mistérios alheios, focássemos em nós, na busca de surpreendentes descobertas.
Nessa caminhada longa de minha vida, não só descobri pérolas como desenterrei meu tesouro interior e como preciso de pouco para viver e ser feliz, distribuo como faço neste instante, desejando a você que me lê, toda a paz que está guardadinha em seu interior, precisando apenas que você se olhe com amor, abrindo as portas e janelas do seu bem-querer.
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