Depois da perda de meus candidatos no pleito desta eleição acirrada de um Brasil e de minha Bahia, cujo povo se mostrou dividido até a apuração das últimas urnas, estimulando uma adrenalina que quase fez estourar em batimentos acelerados o meu coração, optei em desligar a TV e me deitar, admitindo extrema frustração, afinal, eu queria tanto...
Pois é, mas não aconteceu a vitória...
O dia ainda não amanheceu e cá estou, lambendo as feridas, ainda querendo entender que porra de natureza é esta minha que, pode até ficar tonta e com a sensação de ter perdido o chão, quando algo não acontece, segundo minhas perspectivas e esforços, mas não o suficiente para que eu me sinta derrotada ou vítima das circunstâncias.
Fico querendo apenas, um certo isolamento, pois, jamais perdi tempo em análises pós derrocada, preferindo deixar o tempo passar para que eu me situe, afinal, depois de uma batalha, seja lá do que for, ganhando ou perdendo, nada mais será como antes e isso, é tão certo como dois mais dois são quatro, o que necessariamente signifique que seja para pior se houve perda ou pra melhor se houver ganho e, esta minha premissa nasceu das minhas experiências pessoais e não de mais um ditado popular ou jargão que tanto escutamos vida afora.
E assim, como ocorreu em outras circunstâncias, sempre que pude, evitei dar e receber pêsames e consolos, por considerá-los em termos emocionais, como estupros continuados, chegando a defender esta minha tese em um livro COMPLEXO DE DOR SOCIAL que escrevi em 2006.
Criaturinha esquisita, cruz credo...
Geralmente como ocorre neste instante, tudo que preciso é de um dengo num colo manso, silencioso e amigo, mesmo que ele esteja à distância, mas como sou um pouquinho bruxa ou fada de mim mesma, posso senti-lo, ouvindo música e escrevendo...
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