quarta-feira, 19 de outubro de 2022

EXPRESSANDO AMOR...

Quem me conhece um pouquinho, sabe que na maioria do tempo, sou bem humorada, assim como quieta e observadora por natureza e que adoro dar gostosas gargalhadas e isto, certamente, herdei de minha mãe, cujo sorriso jamais foi contido, quanto suas posturas de mulher reservada e discreta. 

E aí, quando digo que sou tímida, as pessoas acham graça, afinal, jamais fugi de um discurso em público, uma locução radiofônica, o que me leva a reconhecer que tenho uma paixão explicita por um microfone.

Rapaz, nem sei como explicar como acontece, mas quando me é oferecido, jamais recuso e aí, a Regininha sobe aos palcos, recebendo deste, uma cachoeira de inspirações, jamais precisando de roteiros escritos, tudo flui no improviso, como se de repente, estes, sempre tivessem sido elaborados só para mim.


Todavia, sem um microfone em mãos, estas mesmas comportas se fecham e preciso ir me inserindo devagar, bem devagarinho, seja lá em que contexto eu estiver.

Pensando nisto, neste amanhecer, creio que toda a minha desenvoltura com o bendito microfone, também o é com as teclas de minha imaginação ao digitar a parafernália de ideias e ideais que inquietas pululam em minha mente por todo o tempo, até mesmo, quando estou aparentemente descansando e aí, concluo que permaneço quietinha para não criar um caos pessoal, afinal, se a mente fala e a boca expressa, seria o mesmo que um desfile contínuo da minha verde e rosa mangueira, nas avenidas de meus instantes presentes.

Eu diria que seria um constante carnaval de cores e emoções.

Loucura total se eu liberasse todas as alas de meus pensamentos, principalmente as irônicas e as safadinhas.

Sim porque, eu não presto e não perco uma só oportunidade em fazer graça mental, o que me mantém, graças a Deus, bem humorada e repleta de tesão pela vida.

Penso então, que se eu não tivesse uma natureza tímida, rapaz... Eu teria sido um perigo, mais do que fui...

Que digam os mais íntimos, quando inadvertidamente, abro as comportas da minha mais legítima espontaneidade e aí, intenções amorosas, piadas ou xingamentos, saem naturalmente sem qualquer censura que, ora choca, ora confunde, algumas vezes, amedronta, mas todos sempre souberam que é apenas eu, a Regininha impulsiva, expressando amor...

Esse bendito amor que de tão grande, muitas vezes incontrolável, escapa ao meu rigoroso controle.

Saudades da minha Rádio Tupinambá FM, 87.9

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