ESCROQUÉS

O vento zuni lá fora com a força de querer levantar os telhados, derrubar as árvores e verdadeiramente me fazer sentir medo. O frio até que melhorou, mesmo ainda estando presente, acho que até ele se intimidou com a força e velocidade deste vento pra lá de esquisito.

Abri meus olhos, ainda aconchegada entre as cobertas, despertada pelo som mental da palavra escroqués que, confesso nunca tinha ouvido falar. Então, corri no Aurélio e nada encontrei, mas no Googlo lá estava no inglês, cuja tradução para o português, significa fraudado.

Rapaz, minha mente é foda, quando nada tem para me inspirar, inventa e eu, como sou uma curiosa contumaz, corro para primeiro entender e depois, como uma menina obediente, faço da dica um texto, pensando que é bem melhor ser uma escrevinhadora do que uma fraudadora como ocorreu em relação aos remédios do CAPS que alguma mente ardilosa e safada, fotografou os remédios da farmácia de algum posto de saúde da cidade que, abro um parêntese que, nos últimos tempos se matem abastecida, para descaradamente postar nas redes sociais como se fossem os destinados aos pacientes do CAPS, numa imediata indução de desclassificar o pedido de socorro que eu havia publicado como se fosse mais um ato deplorável da OPOSIÇÃO.

Pois é... Apesar de achar estranho a rapidez com que a gestão da saúde de Itaparica tenha resolvido a questão, deduzi que o lastro familiar de Vera Cruz, em mais um ato de corporativismo, tenha socorrido de imediato, a fim

 de calar a Regininha, então, fiquei feliz, afinal, para socorrer os pacientes em prováveis surtos, de onde vem o alívio não me diz respeito.

Não demorou mais que cinco minutos de eu ter feito os agradecimentos públicos, já que esta é a postura honrada de quem aprecia e pratica a ética profissional, comecei a receber de alguns pacientes o alerta da fraude ou escroqués praticada, aliás, mais uma entre infinitas outras.

Pensei que não adiantava ficar com raiva de mim mesma, por notoriamente gostar de gente e ingênua e impetuosamente por mais uma vez me esquecer com quem eu estava tratando, pois o erro duplo não foi praticado por mim e sim, por pessoas que já não se lembram ou nunca desenvolveram o sentido do que seja respeito humano.

Pois é...

O lado amoroso da Reginha foi enganado, mas a lógica implacável da mente desta mesma Regininha, foi buscar nos píncaros do dicionário inglês, a nomenclatura exata para classificar uma parte da raça humana, psicopática suficiente para brincar com o bem-estar de centenas de pessoas que dependem de alguns medicamentos para se manterem minimamente equilibrados.

Mesmo não sendo SEMANA SANTA, olho através da janela e peço a Deus que as perdoem, porque verdadeiramente não sabem o que fazem...

E se souberem, com certeza a lei do retorno as alcançarão mais cedo ou mais tarde e aí, alguém poderá ouvi-los clamar:

POR QUE COMIGO MEU DEUS?