quarta-feira, 31 de julho de 2024

MEU BLOCO NA RUA...

Hoje, amanheci declarando que estava me sentindo apaixonada, mas até aí, nenhuma novidade, afinal, quem lê meus textos, bem sabe que sou uma digamos, babacona que vibra amorosamente por todo o tempo, assim, como os mais íntimos reconhecem este meu contumaz comportamento amoroso, até mesmo, quando estou brava, soltando os cachorros, comportamento sargentão, como gostava de qualificar minha Anna Paula em sua tenebrosa adolescência que não desejo a nenhuma mãe deste planeta.

Nossa!!! Ela vai ficar brava...


Mas, voltando ao teor amoroso do texto, amanheci querendo abraçar compreensivamente o mundo e a minha suposta estupidez em mais uma vez, não resistir à tentação de estar inserida no processo político de minha adorável Itaparica, inspirada nos filósofos que nos deixaram como legados, suas mais profundas esperanças em relação a raça humana e seus convívios em suas polis de origem ou agregação, além dos intelectuais ou bravos guerreiros, todos, cada qual, a seu tempo e a seu modo, imbuídos do  mesmo objetivo, libertar o povo deste paraíso baiano, repleto de encantos mil, assim como de tenazes saqueadores.

Pois é, fazer o quê, se ainda encontro luz no fundo do poço e esbarro nos saqueadores?

E aí, lembro de um comício em Porto dos Santos de 2008, levantando a bandeira da professora Marlylda e estreando ambas no espetáculo do teatro democrático, quando, então, encerrei meu discurso de aprendiz de feiticeira, dizendo; “Não há civilização que verdadeiramente evolua, se a educação e o bem estar de seu povo, não for prioridade.”

Pura ingenuidade retórica de uma novata, apostando noutra novata, em meio as muitas cobras criadas...

Tempos depois, compreendi e me perdoei, afinal, dizia palavras que as cobras sequer ouviam e os cordeiros, tão ingênuos quanto eu, mas, também desprovidos do devido entendimento assimilativo, pouco ou nada entenderam, o que me levou a compreender mais adiante, que esta seria a minha bandeira enquanto, vida e forças eu tivesse.

Afinal, para uma educadora convicta e apaixonada, uma apenas sala de aula, seria sempre um espaço muito restrito para os meus propósitos em estimular os meus semelhantes a desejarem também encontrarem a luz de sua importância, no contexto da vida e do universo de seu próprio espaço.

Portanto, entendi que o palanque, o microfone, as lives, os textos e todos os sentimentos e emoções envolvidos, seriam o meu legado participativo neste meu pedaço de céu, chamado Itaparica, afinal, se uma só pessoa puder compreender o quanto, ela e suas atitudes, são preciosas e indispensáveis ao desenvolvimento dela e do todo, certamente, estarei tendo êxito em minha empreitada.

Meu slogan nas campanhas foi e será sempre DIGNIDADE JÁ, pois, mais que uma bandeira em busca de votos que jamais terei, representa uma resistência a dolorosa corrupção e acima de tudo um Abre Alas do meu bloco de vida e liberdade, mensageiro amoroso do direito de todos nós.

Regina Carvalho- 31.7.2024 Itaparica

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