Não é a primeira vez e espero que não tenha sido a última, mas por Deus, se tiver sido, com certeza foi perfeita, podendo sentir o vento suave deste inverno baiano, suficientemente forte para fazer bailar as folhas longas e flexíveis dos coqueiros, mas fraca para fazer tremer um só galho da mangueira e até mesmo da amoreira, porém, capaz de arrepiar os meus braços e pescoço, fazendo-me estremecer levemente, lembrando que é chegado o momento de levantar-me do balanço da varanda, não, sem antes dar mais uma olhada no céu, já meio escuro, marchetado de vermelho ao longe, nem precisando ir na Praça da Quitanda, para apreciar o mais lindo pôr do sol deste mundo, afinal, ele vem até a mim, numa atração apaixonante.
Posso ouvir uma matraca barulhenta, a minha esquerda, zoando no jardim do vizinho, enquanto, ao longe, os fogos pipocam, já que a cidade está em festa, abafando os cantos dos passarinhos que se recolhem, deixando toda esta belezura para grilos e sapos até o próximo amanhecer.
Regina Carvalho- 30.06.2024 Itaparica
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