São 16.38 h, deste domingo que começou chuvoso e frio e que aos poucos, foi esquentando e permitindo que um solzinho fraco se achegasse bem devagarinho...
Estava até a pouco vendo um belo filme indicado pelo intelectual amigo Hélio Mesquita, chamado “O fabricante de lágrima”, mas aí, talvez, instigada pela personagem principal, cujo nome traduzido é borboleta, lembrei de mim e de meu fascínio por elas, então, dei pausa e coloquei Debussy num suave solo de piano, cuja leveza, me faz plainar pelo céu de minha vida, deixando o amor que sempre fez morada em mim, expandir-se sem freios ou cercas de contenção.
Ah! como eu gosto de amar...
Penso no quanto, tudo poderia ser mais harmonioso se fossemos capazes de assoprarmos o pólem do melhor que existe em cada um de nós, sem medos e constrangimentos, transformando olhares em carícias, toques em afagos, beijos em ternuras, tal qual, fazem as borboletas ao pousarem numa flor ou simplesmente, quando plainam ao redor delas.
Deus, por que precisamos tomar posse de tudo que nos atrai, desprezar tudo que desconsideramos, esmagar tudo quanto, rejeitamos?
Por que não copiamos as borboletas e apenas, vivemos?
Por que nos é tão difícil compreender o que é o amor, mesmo tendo-o se exibindo tão próximo a nós?
Falta-nos a sutileza dos toques amorosos?
Diga-me senhor, o que tememos...
Regina Carvalho- 28.07.2024 Itaparica
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