Hoje acordei como diria minha mãe, com o meu cão interior latindo e agitado, buscando desesperado guardar o espaço que o abriga, sem sequer se importar em ser bravo, apenas, uma sonora mensagem de que estou por aqui, não se atreva a invadir...
É... Cão que ladra não morde, mas incomoda pra caramba os vizinhos...
Meus escritos são meus latidos de marcação de presença neste mundo que dizem ser de “Meus Deus”, mas que na realidade de uma forma ou de outra, sempre pareceu uma sucursal do inferno, onde o fogo da incompreensão da grandeza da vida, jamais conseguiu adentrar.
Insanidade generalizada em vários idiomas, corroendo incansavelmente e cada vez mais cedo, mentes e almas, transformando cada ser humano em um zumbi falante e dançante, fantasiado disto ou daquilo e nada mais...
O que resta para os românticos poetas, filósofos pensadores, capazes de conversarem com os astros, flores e borboletas, senão, serem considerados loucos idiotas em meio a uma savana de descolados tigres e leões que ávidos, perseguem as carniças de suas insaciáveis fomes de uma merda chamada poder em nome de uma tal sobrevivência, totalmente desigual.
Um mundo de “meu Deus”, onde a estética vale mais que a ética e as mentiras, são as grandes verdades...
Um mundo de “Meu Deus”, onde o poder flagela, fere e mata, seja de fome ou através da maldita ignorância, mundo afora...
Regina Carvalho- 10.07.2024 Itaparica
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