Neste amanhecer que sequer acordei, porque não dormi, quando então, optei trocar o sono pelo estudo de alguns recursos que intuitivamente, utilizei em meus textos ao longo da vida, adaptando-os a mais uma narrativa das emoções e seus efeitos que haviam me envolvido horas antes e que, como uma cortina de fumaça, a cada leitura, compreensão e seguida digitação a companhia deste meu sempre parceiro notebook, foi se dissipando e abrindo espaço para um desejo enorme de apenas agradecer a vida, pelas fantásticas energias que sempre estiveram ao meu redor como se fossem raios de luzes que jamais se apagaram, mesmo no mais negro céu que me cobria.
Agradecer por estar aqui, não no Nordeste, não na Bahia, mas aqui, neste pedaço de chão itaparicano, repleto de cores, sons, aromas e sabores, plenitude e paz, jamais dantes, tão fartos, jamais dantes, tão enriquecedor, jamais dantes, tão inspirador e energizante, jamais dantes, tão pertencente a mim.
Neste pedacinho de paraíso, cercada de amigos que próximos ou distantes, jamais me deixam faltar o bendito conforto do aconchego, cada qual, a seu tempo, suprindo amorosamente uma necessidade desta apenas, Regina, escrevinhadora do universo.
E no cotidiano em ir e vir do portão, fui revendo e agradecendo sem pressa, as delicias das brisas arrepiando-me braços e rosto, os variados aromas invadindo e nutrindo meu apenas, mas fantástico “todo” de criatura humana.
E então, quatro canarinhos se exibem saltitantes e barulhentos nos galhos da amoreira, creio que assim, como eu, simplesmente, festejam a vida...
E aí, a cada experiência vivenciada, mais compreendo o sentido da expressão atribuída a São Francisco de Assis; “É morrendo que se vive para a vida eterna”.
Regina Carvalho- 21.07. 2024 Itaparica
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