Que dia movimentado, cruz credo...
Para quem fica a maior tarte do tempo recolhida no paraíso, hoje foi um dia atípico, mas tranquilo e resolvi tudo que precisava e anda tendo como companhia a amiga Tereza, sempre pronta a ser solidária sem olhar a quem e isto, é simplesmente fabuloso.
Comecei o dia perdendo um texto e acreditem, dói e eu jamais me acostumarei com a minha total inexperiência em se tratando de computador, todavia, chorar pelo leite derramado, nem pensar, portanto, cá estou diante do “bichinho”, teimosamente escrevendo ao som de Nina Simone que meu adorável amigo Sergio Parmera me enviou logo pela manhã, e que só agora, estou me dando ao desfrute de ouvir.
Pois é... escrevi sobre disciplina doméstica e de sua imensa falta na formação das crianças, assim como dos efeitos altamente danosos que se comprovam no profundo desequilíbrio existente nos convívios de qualquer natureza e em todos os níveis sociais, onde o respeito desapareceu por completo, deixando a desfaçatez, a mentira, o engano, a esperteza a indiferença e a barbárie, tomar cada pedacinho do nosso país, impedindo que direitos, sejam expressados e muito menos requeridos.
Fui criada dentro de padrões, onde meus pais, asseguravam-me amor, abrigo, alimentação e in estudos sem agirem como meus amiguinhos e sim, garantindo-me um porto de absoluta segurança e assim, procedi com meus filhos, trinta anos depois, tentando adaptar-me as modernidades, sem, no entanto, deixar os fios soltos para que a rua e os amigos, não tivessem o controle total da formação deles.
Criei-os sem celulares e ainda assim, mesmo trabalhando o dia inteiro, a presença amorosa jamais deixou de existir, através da disciplina em transmitir várias vezes ao dia o nosso acompanhamento amoroso, afinal, nunca e nada impedia que eles, fossem nossas prioridades, mesmo com as caras feias, as respostas mal criadas e as birras que faziam.
Provavelmente por esta razão, apesar dos mais de 2000 quilômetros que nos separam fisicamente, acordo com o bom dia de meu Luiz e jamais durmo sem o carinho de minha Anna, fora as ligações ao longo do dia e o amparo para tudo quanto, me seja necessário.
Fui e quando necessário, ainda sou uma mãe rigorosamente apaixonada, não é mesmo, minha Anna a quem apoquento sem tréguas, para que escreva e termine a tese de seu doutorado e olha que minha menina, já tem trinta e seis anos, mas é tenaz desde pequena em postergar tudo que lhe exige concentração.
Pais educam e ao longo da vida, formam pessoas respeitosas e com limites aos direitos alheios, levando-os a respeitarem suas vidas e consequentemente as dos demais.
É lamentável termos perdido a paz e o que é pior, termos de enterrar se não os nossos, com certeza os filhos da modernidade sem limites.
Regina Carvalho- 15.04.2024 Itaparica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário