Vivendo e me surpreendendo a cada dia, inclusive com a violência que parece não ter limites de penetração e tão pouco, senso de ocasião.
Esta minha afirmação dói muito mais em mim do que provavelmente na maioria das pessoas, afinal, estudo e analiso as convivência com a disciplina e interesse de um sacerdócio por toda a minha vida, todavia, reparo estarrecida de tristezas, que as pessoas de um modo geral, já convivem com ela há tanto tempo, que sequer são capazes de mensurarem o estrago que faz, apenas, dizem um OH!!!, meu Deus, no instante em que ela atinge um outro e se este, já é um desafeto, um sorriso sarcástico desabrocha, como se finalmente, a vingança ocorresse, mesmo através de mãos não suas e se não bastasse, ainda e capaz de colocar as profecias Divinas em meio as atrocidades físicas ou morais dizendo; “Aqui se faz, aqui se paga, “num juízo final de regozijo.
Olho por olho, dente por dente, numa constante violência que assustadoramente é disseminada por crentes em Deus, sem sequer perceberem a desarmônica violência contida nesta mensagem brutal, onde não há lugar para a compreensão, perdão e muito menos misericórdia.
Ainda jovem, compreendi o quanto me livrava da violência, não querendo ter razão ou levando desaforo pra casa e ainda o faço hoje, confessando a você que me lê, que além de mantê-la distante, ainda evitei as ulceras gástricas, os ataques cardíacos e etc., porque em mim, não pude evitar os erros e tropeços pessoais, mas com certeza, fiz deles modelos para que pudesse a todo momento, deixar o cisco do olho do outro, para que este mesmo, o tirasse, preocupando-me com as traves dos meus.
Todavia, este não é um mérito meu e sim de meus pais que jamais permitiram em nossa casa que alguém fosse achincalhado, forma sutil de nos dizer que a vida do outro e como ele a conduz é problema só dele.
Reflita sobre isso, quando se deparar com a degradação ,física ou moral de outra pessoa, não alimente o mal, afinal, neste mundo bruto, o pau que bate em Chico, sempre estará erguido para bater em Francisco.
Regina Carvalho=20.04.2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário