Numa era em que todos querem mostrar que suas vidas são perfeitas, cá estou desde sempre, escancarando minhas imperfeições, minha contínua vulnerabilidade, numa tarefa pessoal de não sucumbir falida emocionalmente, e ainda, tendo de manter firme os véus de cores vibrantes dos disfarces.
Por que o faria?
Compreendi desde muito cedo que, vivenciar tendo de sobreviver as diversas dificuldades e ainda conviver nesta vida, jamais seria uma tarefa fácil, estivesse aonde estivesse, na pirâmide social, apesar de elas estamparem por todo o tempo um ledo engano de que, quem ostenta status e riquezas materiais, também as tem no tocante a sua vida como um todo.
Somos todos, ricos ou pobres portadores da síndrome da "dor social", que nada mais é que a luta íntima em prol da adaptação em um mundo repleto de complexidades.
Então, no meu caso em particular, fui dando “Tchau” a tudo quanto, era capaz de me tirar a alegria de viver e o prazer de conviver a partir de tudo que ia identificando como falso e duvidoso em mim.
Não tem sido fácil, mas com certeza, prazerosos os resultados finais.
Encontrar a própria essência e um lugarzinho seguro nesta savana é uma tarefa tão árdua, que a maioria, desiste antes mesmo de tentar, preferindo criar uma capa e no interior dela se esconder, apenas, fazendo flamular véus coloridos de um bem estar e de uma felicidade que sequer é capaz de reconhecer se a encontrar por acaso, numa pessoa ou numa coisa, seja lá o que for.
Daí, a constante e inquietante busca de novos empreendimentos, sejam materiais ou emocionais que justifiquem a falência de suas existências, porque, afinal, nem a eles, são capazes de convencer...
Fui compreendendo, assim como tantos outros ao longo da humanidade, que o fundamental seria viver e que não é possível existir e amar, seja lá o que for, se este amor e dedicação, não for a partir de mim.
A cada ano vivido, tenho reparado o aumento absurdo da tristeza que se faz nítida nos semblantes, até mesmo, quando, este sorri...
Então, o que esperar de uma humanidade triste e acabrunhada, senão o desequilíbrio, a falta de razões plausíveis que a justifique entre o tudo mais e, finalmente, o amor que a consolide como um ser pleno?
Reina Carvalho- 26.04.2024 Itaparica.
👇👇👇👇👇👇👇Olhar perdido, mesmo sendo jovem, bonita e saudável!!!
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