"Platão foi um dos mais importantes pensadores do período antropológico da filosofia grega. Ele fundou um pensamento metafísico próprio, relegando à questão do “ser” e das “essências” o princípio e a chave para se ter qualquer tipo de conhecimento acerca do mundo."
"Platão elaborou uma teoria metafísica dualista, que divide o mundo em duas categorias: o Mundo das Ideias e das Formas e o mundo sensível.
O primeiro, seria a realidade intelectual, verdadeira e acessada apenas por meio da capacidade racional do ser humano. Nesse Mundo das Ideias, estariam as essências das coisas, os conceitos, as Ideias fixas e imutáveis que descrevem essencialmente cada ser ou objeto existente. Já o mundo sensível seria a realidade com a qual nos defrontamos em nosso cotidiano básico, acessada por meio de nossa experiência sensível. Essa realidade é ilusória, enganosa e inferior, levando o ser humano ao erro, causado pelas aparências das coisas do mundo, que não correspondem às essências."
Seguindo as teorias de Platão, chego até os dias atuais, lendo estudos diversos, querendo entender, buscando as razões pelas quais, mudanças comportamentais ocorrem inevitavelmente, alterando os caráteres das pessoas, quando as mesmas, passam a exercerem cargos públicos de lideranças, confessando que tenho encontrado, mais perguntas que respostas.
Ontem escutando a live da amiga Tereza, em que a mesma expressou a mesma dúvida e dubiedade avaliativa o que me despertou em mim, uma argumentação que sempre me incomodou profundamente e que, até eu mesma, em algumas ocasiões as repeti, acreditando serem premissas coerentes e, portanto, verdadeiras.
Todavia, vivendo e aprendendo, há muito, fui compreendendo que não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo, Mateus 6:24
“ Não se pode servir a dois patrões, porque vocês odiarão um e amarão o outro, ou serão fiéis a um e desprezarão o outro. Não se pode servir a Deus e ao dinheiro”.
Concluo mais uma vez que tudo que passamos de bom ou ruim em nossas vidas, é tão somente, resultado de nossas escolhas, onde o equilíbrio a razão e o amor, não estejam atrelados e definitivamente, esta premissa tão transparente a qualquer entendimento, infelizmente, é desconsideradas por todo aquele que se vê com as rédeas públicas sob seus controles.
Afinal, são tantas as opções e pressões de glorias e riquezas que toda e qualquer relação com o certo e o errado, perde a primazia nas mentes, sufocando qualquer resquício de ética e moral da criatura em questão, fazendo aflorar tão somente, o individualismo, fazendo-o esquecer de suas reais atribuições como agente público.
Não existe meio honesto, como não existe, meio grávida, meio virgem, meio homem, a não ser na condescendência midiática induzida, nos levando a acreditar que fulaninho é ótimo, como homem e amigo, pátati patatá, mas como político atuante nas administrações públicas, simplesmente não vale o que come.
E aí, lembro de Machado de Assis em Esaú e Jacó(1904),afirmando em sua narrativa; Não é a ocasião que faz o ladrão, dizia ele a alguém; o provérbio está errado. A forma exata deve ser esta: "A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito".
Regina Carvalho- 12.04.2024 Itaparica
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