CHOVE LÁ FORA e com certeza, no meu coração também...
Busco nas lembranças, quando, exatamente fomos adentrando na banalidade, fazendo dela, nossa acompanhante cotidiana e vou mais além, tento encontrar o dedo que apertou o gatilho que disparou a primeira bala que matou sem piedade os limites que norteavam as convivências, que as mantinham sob um certo controle, longe de ser perfeita e há muito precisando de reparos, mas jamais, merecedora de uma execução tão sumária.
Penso então, que com a morte dos limites, matou-se também a tolerância e o respeito, popularizando-se o “vale tudo” e o “não estou nem aí”...
Matar e morrer, ludibriar para se dar bem, agredir e usar o outro, como parte primordial do jogo do ganho a qualquer preço, passaram a ser temas corriqueiros de filmes, novelas, jogos e reality shows, num gratuito curso invasivo e intensivo, oferecido pelas grandes mídias de cá, ou de qualquer outro lugar deste mundo globalizado sem rosto personalizado, sem tradição que o defina.
E aí, fazer o quê, além de registar com minha escrita a dor que me domina desde sei lá, quando...
Nesta terça-feira que dedico amorosamente ao meu adorável São Jorge, meu Ogum na intimidade, rogo bênçãos para a humanidade, que num crescente, até em nome de Deus, se justifica, afim de matar ou morrer pelas banalidades de seus parcos entendimentos em relação ao gigantismo da vida.
Regina Carvalho- 16.04.2024 Itaparica
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