E aí, neste sábado meio acinzentado, mas deliciosamente aconchegante, minha mente sempre fiel as emoções que determinam meus escritos, fez-me acordar com a Bahia em fleches, pipocando aromas, cores e sabores, texturas e delírios, impulsionando-me a pensar e transcrever dentro das limitações de meus recursos intelectuais, toda a minha paixão e gratidão de pisar, enxergar e me nutrir desta sempre adorável Itaparica, pedacinho do céu da apaixonante Bahia.
E como filha, de uma aparente adoção, trago circulando em minhas veias, o sangue mesclado das afinidades, onde o tudo mais é de menor importância, afinal, a amiga, a amante, a aparceira, há muito se interiorizou, quando na cópula visual, a natureza deslumbrante adentrou em mim, possuindo mais que me corpo, já que sem pedir licença, foi mais além, beijando com o fulgor do sol ardente de uma tarde de verão, a minha alma de apenas, uma mulher.
E como mulher que se sente filha, mas também, não menos mãe, que se não pariu, cuida, defendo com as armas da dedicação e do profundo amor, com a resistência inspiradora das águas mansas e mornas de minha Ponta de Areia, no seu ir e vir de marolas beijando incansavelmente as areias, mesmo sobrecarregadas de cascas de coco e copos de plásticos, largadas ao léu...
Regina Carvalho-13.04.2024 Itaparica
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