terça-feira, 30 de abril de 2024

Paixão

“Paixão é chama que qualquer vento forte apaga. Amor é brasa intensa e resistente que mesmo quando as chamas da paixão nele existentes se abrandam, a brasa amorosa se mantém aquecida”. E aí, qualquer assopro, faz ela se acender.

Regina Carvalho



segunda-feira, 29 de abril de 2024

VIVA O BRASIL!!!

Por favor, me entendam, já que não estou pretendendo defender os direitos de qualquer tipo de classe social, seja abastada ou não e sim, lembrar a quem me lê, que toda e qualquer manifestação hipócrita, no mínimo esconde a mentira e a inveja em se tratando de diferenças sociais, afinal, elas sempre existirão, até porque, as pessoas são diferentes em suas capacidades cognitivas, em suas origens culturais e oportunidades sociais.

Pensar e trabalhar efetivamente para que estas diferenças não sejam cruéis e nocivas a pessoa humana, não significa ter que criminalizar quem tem ou não recursos financeiros e econômicos.

Pertencer a classe proletária, não deveria estar associado a pobreza extrema e tão pouco a miséria, assim como, transformar a classe bastada em carrascos, feitores e capitães do mato ou asfalto social.


domingo, 28 de abril de 2024

E O SOL DESCORTINA O DIA

Seis horas desta manhã e o sol translúcido e incerto aparece abrindo este último domingo de abril, numa despedida meio que sofrida, quase melancólica, pelas chuvas impiedosas que deixaram tantos desabrigados, tantas lavouras destruídas, tantos animais afogados...

Olhando para ele que fraquinho vai e volta, num enorme esforço em permanecer, e eu, bem que gostaria de ter sua companhia, afinal, faz tempo que o jardim e os pássaros, não usufruem desta fabulosa companhia.

Imaginem, eu!!!

E pensar que o inverno tropical, sequer começou...

Depois, de uma deliciosa e tranquila noite de sono, desperto com as imagens de algumas pessoas que dificultaram em épocas pontuais a minha vida, causando-me dor, fazendo-me chorar sem que houvesse pelo menos para mim, qualquer motivo aparente para tantas rejeições, além do fato de eu, existir e estar próxima a elas.

Por instantes, tentei parar o rolo das imagens, numa tentativa em querer entender os motivos desta ou daquela pessoa, mas a razão lógica, não permitiu, deixando, apenas, que suas imagens se repetissem, crendo eu, neste instante em que escrevo, com a finalidade de acentuar que foram muito poucas ao longo da jornada e que, suas maldades e indiferenças, assim como as dores que me causavam, se me fizerem chorar, também me estimularam a seguir em frente, cada vez mais forte e resistente, cada vez mais grata pelos sóis que sempre voltavam, aquecendo e iluminando a minha vida, impedindo amorosamente que qualquer feio e amargo me impedissem de saborear o doce e enxergar o encantado.

Quem diz que não é possível ser feliz nesta vida, está totalmente equivocado.

BOM DIA!!!

Regina Carvalho- 28.04.2024 Itaparica

👇👇👇👇👇De pijama e cara lavada, mas absolutamente feliz!!!



sábado, 27 de abril de 2024

SEM QUADRADOS...

Quando o sistema ou a minha ignorância( na maioria das vezes),cobrava seu preço, Regininha ora curvava-se as circunstâncias, geralmente, necessitando recarregar as forças, ora desembainhava uma coragem forjada pelo medo de sucumbir, mas em ambos os casos, jamais me escondendo das consequências e as encarando como justas, afinal, mesmo na arrogância das tentativas mal articuladas, havia a consciência de que nada deixaria de ter o seu devido preço e que de uma forma ou de outra, deveria ser pago.

Portanto, jamais houve lamentos, apenas, incríveis aprendizados que trouxeram com eles, uma abertura magnífica de mundo e de mim em cada aspecto dele.

Há poucos dias, recebendo a visita querida de um amigo em minha casa, conversávamos relembrando as nossas juventudes e as muitas asneiras que fizemos, acreditando que precisávamos muito conquistar isto ou aquilo, sem medirmos nossas reais possibilidades e dos momentos cruciais, onde por motivos que nós, acreditamos tratar-se de obra divina, já que além de sacudir nossas vidas de ponta cabeça, ainda nos manteve alertas para captarmos as mensagens que mostravam sem disfarces, a nossa enorme estupidez, levando-nos a redimensionar os velhos e poderosos valores que esculpiram as nossas essências.

Maravilhoso encontro de gerações, que atestou o quanto, independentemente da distância entre elas, os aprendizados se parecem, mesmo que os motivadores dos tombos vivenciais, sejam diferentes.

Entendemos juntos, num papo informal que ambos nos recusamos aos quadrados impostos pelo sistema e que pela ignorância, fomos martelando as paredes, tentando ampliar o espaço inutilmente e só depois, dos muitos ferimentos, absolutamente desnecessários, compreendemos que pássaros voam, afim de construírem seus ninhos, adequando-os as suas reais necessidades e não fechados em quadrados, derrubando paredes e disputando um espaço onde estamos, apenas de passagem...

Regina Carvalho- 27.04.2024 Itaparica.



sexta-feira, 26 de abril de 2024

IMPERFEIÇÕES À MOSTRA...

Numa era em que todos querem mostrar que suas vidas são perfeitas, cá estou desde sempre, escancarando minhas imperfeições, minha contínua vulnerabilidade, numa tarefa pessoal de não sucumbir falida emocionalmente, e ainda, tendo de manter firme os véus de cores vibrantes dos disfarces.

Por que o faria?

Compreendi desde muito cedo que, vivenciar tendo de sobreviver as diversas dificuldades e ainda conviver nesta vida, jamais seria uma tarefa fácil, estivesse aonde estivesse, na pirâmide social, apesar de elas estamparem por todo o tempo um ledo engano de que, quem ostenta status e riquezas materiais, também as tem no tocante a sua vida como um todo.


“VIRADA DA PORRA”

Esta é a expressão que mais tenho ouvido desde que vim morar na Bahia. Depois de anos, esta e outras expressões, já não me causam estranheza, pois passaram a ser incorporadas pelos meus ouvidos e mente, tal qual, estou irritada, aborrecida, chateada e etc.

Também fui entendendo que tal afirmação, na maioria das vezes sequer demonstra o estado real do espírito de quem fala, sendo apenas, mais uma retórica de efeito com a finalidade de tão somente, demonstrar com ênfase uma opinião a respeito de algo.

Se é educado, penso que não, mas também não creio que se pense muito a respeito do efeito educativo da mesma, já que sou testemunha de bocas ilustríssimas de onde saiu esta preciosidade popular.

Na realidade até eu, sempre estive virada na porra com a política brasileira, especialmente a itaparicana. Esta tem sido também a minha retórica, consciente de que de nada adiantou ou adiantará meus agravos em relação a ela, pois sou povo e este só serve mesmo é para votar.

Enquanto, eu e você estamos “virados na porra”, eles, os eleitos de plantão, não estão nem aí, curtem seus benefícios, garantidos pelo poder, esquentam suas bundinhas no regato da impunidade e ainda se sentem ofendidos com a nossa revolta e aí, munidos de um departamento jurídico, pago por nós, nos ameaçam descaradamente.

Bem, ainda virada na porra eu penso:

E a culpa disto tudo, de quem será?

EM TEMPO:

Este texto foi escrito em abril de 2020 e como é possível constatar-se, as atitudes politicas e jurídicas, não só são as mesmas, como ainda se intensificaram...

Regina Carvalho- 26.04.2024 Itaparica

CEGUINHA DA PORRA COMO SEMPRE...

👇👇👇👇👇👇👇



quinta-feira, 25 de abril de 2024

Cultura Itaparicana

Figura da Cultura Itaparicana, jogada às traças da indiferença e o local que deveria ser um ponto de reconhecimento de vida, só foi devidamente cuidado na gestão do Prefeito Claudio Neves.

Se secretária de Turismo e cultura eu fosse, certamente transformaria aquele local num centro ecumênico, onde se estimularia a aceitação e respeito às diferenças em toda a amplitude de seu sentido, através das artes e das religiões. Seria antes de tudo, um laboratório a céu aberto para o desenvolvimento do senso de pertencimento espacial da terra e da existência de nossas crianças. Mas como não sou e, certamente nunca o serei, deixo neste instante esta ideia, na esperança de que um dia, um gestor nela acredite e coloque em prática



UM ALGUÉM...

Abri a janela como de costume em meus amanheceres e ela, a vida lá e cá estava nascendo transfigurada em um novo dia, meio cinzenta, meio chuvosa, meio friozinho, mas com certeza, totalmente perfumada, estimulando-me um respirar profundo e a me sentir um alguém por inteiro, tal qual, quando ainda criança, parada diante da janela de meu quarto, apreciando o nascer de um novo dia ouvi minha mãe, chamando-me ao pé da escada do primeiro andar para que me apressasse para tomar café, afim de que eu não chegasse atrasada na escola... 

Já não tenho escola para ir ou levar algum filho, já não preciso correr para nenhum trabalho, já não tenho marido para dividir o café da manhã que, neste momento beberico lentamente, enquanto escrevo e penso que de repente, já não tenho obrigação nenhuma, além de apenas viver e esta constatação ao invés de me agoniar, me leva a sorrir diante do aparente vazio, repleto de opções que só dependem e mim, quere-los ou não...


quarta-feira, 24 de abril de 2024

BOLO DE MUITAS FATIAS

Descobri fascinada ontem à noite ouvindo e assistindo a um show de Tony Bennet, o porquê, que desde a minha juventude sempre adorei ouvi-lo; simplesmente por ele cantar com a fisionomia leve de quem está feliz com o que está fazendo e é possível constatar através do brilho constante de seus olhos.

Percebi então, que foi o que sempre busquei no tudo mais e a surrealidade, é que encontrei esta mesma expressão de transparência de alma em locais nada glamorosos, assim como nas mais improváveis pessoas, que abrigavam o toque da expressão do “tudo bem”.

Este pequeno texto, dedico a queridíssima “BAIA DAMASCENO” funcionária caixa da Padaria do Jadilson, que chova ou faça sol, recebe a todos com  um sorriso franco, atenção esmerada, transmitindo positividade de alguém que está de bem com a vida e principalmente, com o que faz.

E se o pãozinho de sal que produzem é sem dúvidas o melhor de Itaparica, com certeza, melhor ainda fica, com o sorriso limpo e translúcido da querida Baia, na entrada e na saída d0 estabelecimento, fazendo com que cada cliente, se sinta especial é preciso das meninas sorridentes e atenciosas do balcão, que sabem exatamente como cada freguês, gosta de seu pãozinho.

Os meus precisam ter casquinhas crocantes, não e mesmo?

Portanto, como não ser um fiel cliente?

Sucesso de um comércio é como um bolo de muitas fatias, onde todas precisam estar uniformes e bem assadas.

Regina Carvalho- 24.04.2024



LIBERDADE DE EXPESSÃO OU MOLEQUEIRA?

Para quem está neste ramo das comunicações a mais de meio século, posso garantir que esta expressão tão largamente difundida, defendida e resguardada na Constituição Federal de 1988, artigo 5º, parágrafo IV: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato, para muitas pessoas, resume o direito à liberdade de expressão, um conceito que tem sido muito debatido na sociedade brasileira nos últimos anos, mas acima de tudo, tem sido violado a partir daqueles que deveriam constitucionalmente protege-la a exemplo dos políticos e juristas que sistematicamente, usam as mídias para divulgarem seus pareceres sem maiores embasamentos, além da força poderosa de suas próprias autoridades, numa troca medíocre de amparos jurídicos que logo eles mesmos por oportunismos pontuais, desmentem assuas decisões com escapes, pra lá de esfarrapadas.


terça-feira, 23 de abril de 2024

BATE E VOLTA

A vida é energia pura e incessante e nós, não só somos parte desta, como dela dependemos para medirmos a qualidade de nossas existências terrenas.

Quando aparentemente nada estamos fazendo ou dizendo, ainda assim, estamos emitindo e recebendo energias através de nossos pensamentos vibracionais e eles, retornam sempre bem mais poderosos, pois há o acúmulo nos infindáveis encontros pelo trajeto.

A omissão na realidade é tão somente o calar de sons, jamais das intenções.

Portanto ao questionares Deus:

_ ­Por que isto está acontecendo comigo?

Reflita sobre tuas posturas físicas e emocionais e então, compreenderás com absurda clareza o quanto és responsável por tuas próprias mazelas, mesmo que estejas aparentemente numa boa, nesse sistema social duro e cruel.

Regina Carvalho- 23.04.2024   Itaparica



segunda-feira, 22 de abril de 2024

MEUS ADORÁVEIS GATOS PINGADOS...

Estou a cerca de nove anos, publicando meus textos no Facebook e ao longo deste tempo, fui angariando alguns milhares de seguidores, sem estardalhaços, sem pressa e sem disputas de alcance populista e isto é maravilhoso, pelo menos pra mim que sempre tive como propósito, levar aos demais os conhecimentos adquiridos, não como uma especialista disto ou daquilo, mas como uma pessoa absolutamente comum, que ao longo da vida, foi compreendendo as delícias em poder interagir com a natureza, extraindo dela, paz e equilíbrio, tudo quanto, era capaz de amparar-me em qualquer situação que o sistema social, pudesse me impor.

Minha vida e tudo que passei de bom e de ruim acertos e erros, nada mais foram que experiências de laboratório de mim mesma, onde me foi possível, testar-me por todo o tempo, extraindo tão somente, tudo quanto, assertivo fui encontrando.


domingo, 21 de abril de 2024

VALHA-NOS DEUS...

Vivendo e me surpreendendo a cada dia, inclusive com a violência que parece não ter limites de penetração e tão pouco, senso de ocasião.

Esta minha afirmação dói muito mais em mim do que provavelmente na maioria das pessoas, afinal, estudo e analiso as convivência com a disciplina e interesse de um sacerdócio por toda a minha vida, todavia, reparo estarrecida de tristezas, que as pessoas de um modo geral, já convivem com ela há tanto tempo, que sequer são capazes de mensurarem o estrago que faz, apenas, dizem um  OH!!!, meu Deus, no instante em que ela atinge um outro e se este, já é um desafeto, um sorriso sarcástico desabrocha, como se finalmente, a vingança ocorresse, mesmo através de mãos não suas e se não bastasse, ainda e capaz de colocar as profecias Divinas em meio as atrocidades físicas ou morais dizendo;  “Aqui se faz, aqui se paga, “num juízo final de regozijo.


BURROS N’ ÁGUA...

Quando se tem cinco, seis aninhos e se mora num prédio de quatro andares, cujo quinto é um play a céu aberto, constituído de um terraço que cobre 360 graus do entorno de si mesmo e ainda, se é a única criança do prédio, não poderia haver maior prato cheio para uma criança solitária que contemplar, desenvolvendo a curiosidade dos seus sentidos, companheiros contemplativos que tudo absorvia e armazenava.


E aí, nada escapava dos olhinhos aguçados da Regininha, desde a cópula dos cachorros, que eu não entendia do que se tratava aos pescoços dos rapazolas e senhores ditos respeitosos, virados ao ponto de se contorcerem quando uma mulher bonita passava por eles pelas calçadas, a saída e chegada das crianças das escolas, as mulheres arrastando os carrinhos de feira nas segundas e sextas, o vizinho que malhava todas as tardes e por aí vai, numa sequência de acontecimentos cotidianos em sua maioria repetitivos, portanto, não seria diferente, nos finais de semana ou férias, quando o cenário mudava, fosse na barra da tijuca, com o chapéu de palha sendo seguro em uma das mãozinhas, enquanto a outra, sem qualquer medo ou aflição catava os enormes camarões na maré baixa, fosse em Teresópolis em meio a beleza das vegetações, onde exercitei ainda mais a potencialidade da minha capacidade auditiva, tentando decifrar os sons que minha mente criativa, cria serem conversas entre as plantas e eu.

Todavia, foi aproximadamente aos 10 anos que meu fascínio pela solitude e contemplação atingiu o máximo dos meus prazeres, já que Guapimirim com seu riacho repleto de piabinhas, cachoeira e vegetação, transformou-se em meu castelo sensorial, formando dali em diante, minha mente num manancial profícuo de ideias e ideais...

Agora, neste instante, lembrando deste início de minha vida contemplativa, não é de me estranhar o quanto, precisei dar com os “burros n’águas “afim de sobreviver as implacáveis e duras realidades das savanas, repletas de feras pouco amigáveis.

Ainda hoje, as enfrento, confesso sem a mesma disposição, força e coragem, gastando a cada instante, meus recursos acumulados de compreensão, não sem lamentar a cada instante, o quanto, estou cansada, já que a cada década vivida, as feras se multiplicaram e se diversificaram numa ignorância e num apetite sem limites, quebrando qualquer lógica da cadeia alimentar.

Regina Carvalho- 25.04.2024 Itaparica.

sábado, 20 de abril de 2024

SUBLIME AMOR

A chuvinha fina e constante cai lá fora, enviando para mim os sons variados de seu contato com as folhagens, assim, como um friozinho leve e gostoso que me envolve e que me desperta uma delicada gratidão, sentimento parceiro sempre presente em minha vida, levando-me a crer que foi a gratidão que desde sempre me inspirou a registrar as impressões de meus sentidos que sempre atentos, foram absorvendo cada detalhe dos movimentos constantes e ininterruptos existente, num só instante de vida.

Enquanto escrevo ouvindo a chuva e os pássaros que escondidinhos entre as folhagens também emitem seus sons como se fossem, cada qual, um membro especial do coro da vida, saudando um novo dia, ainda sou capaz de imaginar as mãos do pianista dedilhando o piano numa execução bendita de “Clair de Lune”de Claude Debussy, induzindo-me a acompanhá-lo, através das teclas do computador em toques de sublime amor.

Oh! Mente inquieta que não satisfeita, ainda quer avaliar a precariedade do cotidiano, absolutamente destoante de toda esta grandeza que ao contrário da chuva energizadora, transforma cada ser humano, numa completa e ineficaz criatura que vaga cada vez mais sem rumo definido pelas avenidas da cegueira existencial, trombando uns nos outros, buscando sem qualquer traço de consciência, o sol e a chuva de suas próprias vidas.

Desejo então, que você que neste instante me lê, seja capaz de por um breve instante, respirar profundamente, só para sentir a si próprio.

Regina Carvalho-20.04.2024  Itaparica.



sexta-feira, 19 de abril de 2024

NEM PARA ESTERCO HÃO DE SERVIR...

A ruminação é o ato de regurgitar o bolo alimentar à boca, remastigando-o demoradamente, de modo a propiciar maior fragmentação das partículas, o que favorece a ação dos microrganismos para o melhor aproveitamento do alimento no rúmen e propicia a passagem das partículas não digeridas para adiante no trato digestivo.

De repente, neste anoitecer, sozinha em meio as minhas lembranças, assustei-me, afinal, em dado momento comparei-me a uma vaca ruminante.

Como pode isso, dona Regina?


ELEGÂNCIA, ONDE ESTÁS QUE NÃO TE ENCONTRO?

Pra ver e ser visto, esta era a pegada da hora de minha infância e adolescência, quanto aos cuidados com a aparência, afim de se ir à rua, mesmo que o destino fosse a padaria, ali, logo na esquina. 

Ainda posso escutar minha mãe dizendo na porta do meu quarto; “chega menina, você só vai na padaria”...

Havia um apuro no que vestir e para tanto, não se precisava ser de uma classe abastada financeiramente, apenas o capricho pessoal era parte integrante do cotidiano.


quinta-feira, 18 de abril de 2024

BOROGODÓ e o tudo de bom...

Abro os olhos e algo assoprou em meus ouvidos BOROGODÓ e aí, como sei o que significa, questiono-me, afinal, como pensar nesta síntese absolutamente irresistível, antes mesmo de sair da cama e escovar os dentes?

Pois é, pra você que não conhece a sua definição, Borogodó é uma expressão brasileira coloquial relacionada a qualidades ou encantos de um indivíduo, tornando-o atraente de certa forma. A palavra borogodó pode ser usada para descrever algo que tem um toque especial, uma magia ou aquele “algo a mais” que nos cativa.


quarta-feira, 17 de abril de 2024

DESPERTADA PELA REBIMBOCA DA PARAFUSETA

Minha mente realmente sempre foi muito esquisita e devido as constantes reações negativas, certamente, fui ao longo de grande parte de minha juventude, camuflando essa curiosidade que me levava bem distante do óbvio convencional e aprendendo a calar-me, afinal, era mais seguro para a também garota mulher romântica que reconhecia a própria insegurança emocional e da sempre precisão de se sentir amparada.

Portanto, nem mesmo os mais chegados tinham acesso ao manancial de conhecimentos que era armazenado e assim, vez por outra, devido a falta da devida organização, a porta da espontaneidade que também sempre foi uma marca de minha forma de ser, deixava vazar aqui ou acolá e aí, o bicho pegava ...

Incomum, estranho este meu comportamento?


terça-feira, 16 de abril de 2024

ESTRANHO NO NINHO?

A boazinha, educada e geralmente cordata Regininha é lenta para muitas funções, todavia, quando o assunto é confiabilidade, jamais segui opiniões alheias, aparências ou qualquer seguimento que não fosse a coerência de palavras em relação as posturas, sem qualquer ilusão de perfeição ou santificação e, pra tanto, preciso de tempo para observar e tirar minhas conclusões.

Confesso que em algumas ocasiões, passei a apreciar pessoas sem qualquer maior credibilidade, justo por pura intuição e esta, é inexplicável, preferindo acreditar que são fios das afinidades, como ocorreu em relação ao ex sucessivo deputado do PTB Roberto Jefferson, capaz de ir até a maior instância em defesa de suas convicções.


CHOVE LÁ FORA

 CHOVE LÁ FORA e com certeza, no meu coração também...

Busco nas lembranças, quando, exatamente fomos adentrando na banalidade, fazendo dela, nossa acompanhante cotidiana e vou mais além, tento encontrar o dedo que apertou o gatilho que disparou a primeira bala que matou sem piedade os limites que norteavam as convivências, que as mantinham sob um certo controle, longe de ser perfeita e há muito precisando de reparos, mas jamais, merecedora de uma execução tão sumária.

Penso então, que com a morte dos limites, matou-se também a tolerância e o respeito, popularizando-se o “vale tudo” e o “não estou nem aí”...

Matar e morrer, ludibriar para se dar bem, agredir e usar o outro, como parte primordial do jogo do ganho a qualquer preço, passaram a ser temas corriqueiros de filmes, novelas, jogos e reality shows, num gratuito curso invasivo e intensivo, oferecido pelas grandes mídias de cá, ou de qualquer outro lugar deste mundo globalizado sem rosto personalizado, sem tradição que o defina.

E aí, fazer o quê, além de registar com minha escrita a dor que me domina desde sei lá, quando...

Nesta terça-feira que dedico amorosamente ao meu adorável São Jorge, meu Ogum na intimidade, rogo bênçãos para a humanidade, que num crescente, até em nome de Deus, se justifica, afim de matar ou morrer pelas banalidades de seus parcos entendimentos em relação ao gigantismo da vida.

Regina Carvalho- 16.04.2024 Itaparica



segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ufa!!!

Que dia movimentado, cruz credo...

Para quem fica a maior tarte do tempo recolhida no paraíso, hoje foi um dia atípico, mas tranquilo e resolvi tudo que precisava e anda tendo como companhia a amiga Tereza, sempre pronta a ser solidária sem olhar a quem e isto, é simplesmente fabuloso.

Comecei o dia perdendo um texto e acreditem, dói e eu jamais me acostumarei com a minha total inexperiência em se tratando de computador, todavia, chorar pelo leite derramado, nem pensar, portanto, cá estou diante do “bichinho”, teimosamente escrevendo ao som de Nina Simone que meu adorável amigo Sergio Parmera me enviou logo pela manhã, e que só agora, estou me dando ao desfrute de ouvir.


AJOELHOU... TEM QUE REZAR.

Se tem uma categoria que definitivamente se pudesse já teria me queimado em praça pública como era comum na Idade Média, como todos aqueles que não abriram mão de suas mais legítimas convicções, baseadas em fatos concretos, com certeza seriam os políticos, apesar de apoia-los sob rigorosa observação continuada, esta pessoa sou eu, afinal, não chantageio e bem que poderia, não me vendo por empreguinhos e olhe que sempre precisei, quando deles, recebo algum dinheiro, com certeza é como pagamento de um trabalho honrado e possível de ser constatado por qualquer um.

Devo favores impagáveis a alguns deles em relação a minha saúde, como por exemplo, agilizar internações, indicar-me isto ou aquilo, mas todos esses favores, jamais estiveram condicionados à violarem a minha dignidade de pessoa e cidadã.


domingo, 14 de abril de 2024

BRISAS REFRESCANTES...

Acabo de digitar o título deste texto que sequer comecei a escrever e de repente, uma deliciosa brisa atravessa a janela e vem ao meu encontro, trazendo-me um adorável frescor e como adoro evidenciar os detalhes que geralmente, não são observados pela maioria por crerem serem banais, paro e respiro fundo, desejosa em levar para dentro de mim esse fragmento marinho mesclado com o tudo de bom que foi num bendito arrasto, adicionando a si, transformando-se numa bênção divina que me toca carinhosamente, neste amanhecer de domingo.


sábado, 13 de abril de 2024

BEIJANDO CARINHOSAMENTE...

E aí, neste sábado meio acinzentado, mas deliciosamente aconchegante, minha mente sempre fiel as emoções que determinam meus escritos, fez-me acordar com a Bahia em fleches, pipocando aromas, cores e sabores, texturas e delírios, impulsionando-me a pensar e transcrever dentro das limitações de meus recursos intelectuais, toda a minha paixão e gratidão de pisar, enxergar e me nutrir desta sempre adorável Itaparica, pedacinho do céu da apaixonante Bahia.

E como filha, de uma aparente adoção, trago circulando em minhas veias, o sangue mesclado das afinidades, onde o tudo mais é de menor importância, afinal, a amiga, a amante, a aparceira, há muito se interiorizou, quando na cópula visual, a natureza deslumbrante adentrou em mim, possuindo mais que me corpo, já que sem pedir licença, foi mais além, beijando com o fulgor do sol ardente de uma tarde de verão, a minha alma de apenas, uma mulher.

E como mulher que se sente filha, mas também, não menos mãe, que se não pariu, cuida, defendo com as armas da dedicação e do profundo amor, com a resistência inspiradora das águas mansas e mornas de minha Ponta de Areia, no seu ir e vir de marolas beijando incansavelmente as areias, mesmo sobrecarregadas de cascas de coco e copos de plásticos, largadas ao léu...

Regina Carvalho-13.04.2024 Itaparica



sexta-feira, 12 de abril de 2024

“VIRADA DA PORRA”

Não é preciso ser matemático, economista, engenheiro, guru ou assessor de qualquer coisa, para perceber que é impossível uma gestão tão abastecida de recursos financeiros, não dispor de uma verba mensal para promover um maior número de obras de infraestrutura que sejam de fundamental importância para o povo.

Senhores candidatos, basta de hipocrisias e silêncios desumanos em prol sei lá do quê, mas com certeza, não dos interesses do povo em geral de Itaparica.

O que acontece é que se calam, com raras e preciosa exceções e só se manifestam no abrir das cortinas dos palanques, velho adereço de muitos carnavais, mas sem apresentarem qualquer realidade que, verdadeiramente, venha a mudar o cenário triste e maldoso que castiga décadas após décadas, o lindo e sofrido povo desta cidade.


LADRÃO NASCE FEITO...

"Platão foi um dos mais importantes pensadores do período antropológico da filosofia grega. Ele fundou um pensamento metafísico próprio, relegando à questão do “ser” e das “essências” o princípio e a chave para se ter qualquer tipo de conhecimento acerca do mundo."

"Platão elaborou uma teoria metafísica dualista, que divide o mundo em duas categorias: o Mundo das Ideias e das Formas e o mundo sensível.

O primeiro, seria a realidade intelectual, verdadeira e acessada apenas por meio da capacidade racional do ser humano. Nesse Mundo das Ideias, estariam as essências das coisas, os conceitos, as Ideias fixas e imutáveis que descrevem essencialmente cada ser ou objeto existente. Já o mundo sensível seria a realidade com a qual nos defrontamos em nosso cotidiano básico, acessada por meio de nossa experiência sensível. Essa realidade é ilusória, enganosa e inferior, levando o ser humano ao erro, causado pelas aparências das coisas do mundo, que não correspondem às essências."


quinta-feira, 11 de abril de 2024

AONDE ESTÁS?

Onde foi morar a inocência da infância que dantes, residia em mim?

Por diversas vezes, ameaçou partir e eu, entre soluços e suplicas, fui conseguindo reter sua partida.

Fiz dela minha blindagem, meu escudo, minha armadura, afinal, como sobreviver sem ela, num mundo controverso e cruel?

Cheguei a pintar meu rosto de palhaça, vesti-me de tola sonhadora e como se fosse uma criança feliz, até as ladeiras íngremes, rolei com o meu rolimã de esperanças, afim de alcançá-la e ela, sempre um palmo a minha frente, insistia em ir embora...

Pra onde?  

Jamais me disse, mas só em pensar na possibilidade de ficar sem ela, deixava cair em minha fronte, grossas lagrimas de uma saudade antecipada, de uma dor inexplicável.

Um dia que lá se vai longe, finalmente, ela se foi deixando-me com um enorme vazio no peito que se reflete na alma, dilacerando lentamente o puro, o sensato que cria existir, empanando o mais expressivo olhar da minha criança que teimosa, permanece em mim.

Desesperada com um fato que fugia ao meu controle, cheguei a registrar a minha dor em Complexo de Dor Social, que ninguém leu, mas pelo menos, desabafei minha dolorida solidão, por havê-la perdido...

Onde estás, cristalina emoção que sequer te vejo como dantes, refletida num outro qualquer?

Regina Carvalho- 11.04.2024  Itaparica



quarta-feira, 10 de abril de 2024

VASOURA DE BRUXA...

Conto consternada que mesmo depois de quase uma vida inteira de exercícios mentais, estudos e uma infinidade de testes cotidianos nos quais, saí-me razoavelmente bem, ainda existem questões que estão resistentes e uma delas é ir ao médico ou ao dentista em casos rotineiros, quando então, minha ansiedade se apresenta, alterando minha pressão arterial, secando minha boca e dando um branco significativo, parece que viro um serzinho desamparado, sem qualquer explicação lógica, logo eu que a encontro com precisão, quando a busco, seja lá em que situação for, menos nesses dois aspectos, absolutamente banais.

Todavia, nos momentos em que precisei de verdade enfrentar e superar situações aflitíssimas para a maioria, lá estava a Regininha enfrentando com serenidade.


E O SOL VOLTOU...

Pois é, depois de dias chuvosos com até alagamentos em vários pontos da cidade, o sol volta a brilhar, trazendo de volta a certeza absoluta que a minha Itaparica é a terra do sol e do amor que aquece e ilumina, fazendo-nos acreditar que verdadeiramente somos terráqueos abençoados, principalmente, quando nos permitimos mergulhar nas águas mansas e mornas das lindas praias, das quais, uma em especial, chamo de minha que é a adorável Ponta de Areia, onde depositei todos os meus queixumes que trouxe lá de fora, reescrevendo-me.

Em Ponta de Areia, encontrei o Deus que tanto procurei sem ter a menor ideia que em mim, ele sempre se encontrara, esperando tão somente, que eu o sentisse, o tocasse e finalmente, a ele me entregasse.

Bendito seja o destino, o acaso, ou seja, lá o que tenha sido, pois o que importa é que por aqui aportei para encontrar a paz. As chuvas lavam os meus ainda tormentos, enquanto o sol, me coroa e me ilumina.

“Se o cotidiano lhe parece pobre, não o culpe e sim a você, por ser tão pouco poeta.” Rainer Maria Rilke

Texto escrito em 14,04.2021 - Itaparica



terça-feira, 9 de abril de 2024

SIMPLES ASSIM...

Caminhando até o portão, logo bem cedinho, afim de apagar o holofote, fui com a mente, agradecendo a felicidade de ter amanhecido e com os meus olhos, alimentando a paixão que nutro por este pedaço de paraíso que simplesmente sou apaixonada, apenas lamentando não dispor de mais recursos financeiros para mantê-lo mais bem tratado, como creio que mereça, mas aí, o ar bendito que fui respirando, consolou-me generosamente, afinal, cada um oferece ao Deus que lhe cerca e encanta, tudo quanto dispõe de relevante e no meu caso, minha gratidão e amor, mantém viva a sua presença, fazendo a terra, as árvores e o tudo que o compõem, inspira-me, atraindo com abundância, pássaros e borboletas e nesta época, barulhentas cigarras nos finais das tardes, afim de que eu saiba que ele, o Deus bendito que habita em mim e em tudo que me cerca agradece a minha devoção.


Então, também de imediato penso que o tudo mais que recebi, no decorrer de minha vida, foi a expressão exata do que cada criatura tinha e podia me oferecer, assim como eu a elas e sem medidas e juízos de valores, segui enfrente, apenas agradecendo o privilégio de tê-las por instantes ou longo período, abrilhantando os meus sorrisos ou fazendo doer a minha alma, mas sempre, ajudando-me a evoluir como criatura humana.

É preciso não esquecer que oferecemos, somente o que dispomos e recebemos, na medida exata de nossas necessidades que podem se resumir em mais um fundamental aprendizado, já que nada vibracional se perde em meio a vida, ficando a sensação de mágoa, tristeza e até a raiva motivada pelas frustrações, como uma ainda, expressão arrogante e presunçosa de nossa ignorância existencial em acharmos que somos o centro da vida e não, apenas, mais um espetacular fragmento de vida, com a capacidade em propiciar mais e mais vida no contexto gigantesco e infinito da própria vida.

Simples assim...

Regina Carvalho- 09.04.2024 Itaparica

segunda-feira, 8 de abril de 2024

ONDE ENCONTRAR?

Onde encontrar um alguém disposto a se despir por inteiro, deixando exposto sem receios e medos, suas belezas e imperfeições ao deleite embevecido dos olhos do espaço aberto e livre do amor?

Onde encontrar um alguém disposto a escancarar seu íntimo, caminhando descalço sem receios em ferir os pés e sem vergonhas ou pudor de estar indo em busca do melhor de si mesmo?

Onde encontrar um alguém disposto a corrigir sem culpas ou remorsos, seus desvios de trajeto, só para escolher e iniciar um novo e diferente percurso?

Onde encontrar um alguém disposto a encontrar dentro de si, a suavidade da bendita transparência, fazendo dela a cada amanhecer o mais ardente sentido da vida?


QUE DELÍCIA!!!

Um dia e uma noite sem precisar do ventilador ou ar condicionado, assim como dormir enroscada nos lençóis...

Faz tanto tempo que não abria as janelas, logo bem cedinho, podendo sentir as leves brisas, trazendo com elas os suaves ares marinhos, mesclados com os aromas da terra e das vegetações molhadas das chuvas da madrugada, tendo em mãos um caneco com um delicioso pingado, deixando a vida simplesmente me abraçar, nesta segunda -feira acinzentada, onde já não preciso correr pra fazer mais nada, sem culpas ou arrependimentos, sem ansiedades ou medo, num desfrute de apenas, existir.

As folhas das bananeiras ornamentais dançam ao som ainda dos grilos que se negam a irem embora, enquanto um pequeno assanhaço azul, baila displicentemente diante de meus olhos fascinados...

Pra que orar versos programados, se meu todo de criatura humana, abraça esse bendito Deus que parceiro amigo, habita e mim e em tudo quanto, me rodeia?

Gratidão e fidelidade é o tudo de melhor que posso lhe oferecer, através do convívio com a sua gigantesca criação.

Pra você que me lê, um dia abençoado com um encontro com o Deus, que habita em você. 🙏



domingo, 7 de abril de 2024

FARDO DE AMOR

Chove lá fora, como tem acontecido nos últimos dias e com esta água bendita, venho lavado a nódoa que por mais que eu tenha evitado, sorrateiramente, colou em mim e aí, penso na cachoeira de Guapimirim, lá atrás, ainda na infância, mas ainda tão presente, preservando seus efeitos regeneradores, através dos banhos diários, faça sol ou faça chuva, neste chuveirão bendito que mantenho ativo nos fundos deste meu paraíso terreno, onde me regalo, deixando suas águas rolarem fortemente, lavando mais que meu corpo.

Enquanto, abraçada a mim permaneço, meus olhos fascinados acompanham seu percurso, levando para o ralo, tudo quanto, em mim, não deve permanecer.

E aí, faça sol ou faça chuva, o meu arco-íris se apresenta, mantendo meu jugo leve, justo porque, o fardo que carrego é de amor.

Rogo um domingo de paz para você que me lê

Regina Carvalho- 07.04.2024 Itaparica



sábado, 6 de abril de 2024

REFLETINDO...

Amanheci pensando que se meu Roberto estivesse ainda ao meu lado certamente eu não teria me envolvido em determinadas situações e de certo modo, estaria me sentido meio que frustrada já que sempre tive como característica a espontaneidade de um espírito e mente livres.

Todavia como um ser humano altamente inteligente e não menos controlador, manteve ao longo de nossa convivência as rédeas curtas e bem presas ao equilíbrio de seus entendimentos sociais e políticos, o que se mostrou exitoso, já que conseguiu auferir circulação livre em todas as esferas nesta Ilha bendita, dividida em territórios e senso de cidadania com o nosso tabloide Variedades, durante dezesseis anos, assim como juntos, estivemos outros seis anos, comunicando com seriedade e honradez na extinta Rádio Tupinambá.


sexta-feira, 5 de abril de 2024

TE AMAREI POR TODA A MINHA VIDA, MEU VELHINHO GOSTOSO...

O que falar da imensa saudade?

Teu cheiro, Tua pele, Tua ternura...

Saudade da tua companhia nos longos papos que começavam no café da manhã e se prolongavam onde quer que estivéssemos., afinal, nunca houve silêncio entre nós.

Saudades do teu dinamismo, discrição, elegância e grandeza.

Saudades do silêncio que dividíamos com os nossos pássaros nos muitos e variados jardins que compartilhamos.

Saudades do sabor da tua boca, na qual, ganhei milhares de vezes o esplendor da vida.

Saudades dos teus abraços que me aqueciam e me levavam ao prazer inenarrável.

Dos teus olhos que me desnudavam, das tuas manias que me enlouqueciam e do teu jeito sonso, tentando me enganar.

Saudades das loucuras intensas que vivenciamos, das peripécias que compartilhamos, do whisky e do vinho que eu daria o resto de minha vida para te servir, mesmo reclamando, pelo menos mais uma vez...

Saudades da tua sempre generosidade, respeito, carinho e atenção para com todos. 

Saudades da tua vasta intelectualidade e inteligência que com humildade, te expressavas na vida. 

Saudades dos milhares de banhos no mar de nossa Ponta de Areia, que sem ti, já não acho graça.

Saudades da nossa caminhada de 54 anos que fez história por estar envolta no mais sublime amor.

Saudades do apenas homem que não temeu se arriscar, saindo do lugar comum, só para comigo voar nas asas das infinitas borboletas, que coloriram os nossos instantes de vida e liberdade.

Na terra, amanhã estarias meu Roberto ou meu Tião completando 80 anos, na universalidade já és infinito...

Teus filhos e eu, agradecemos a Deus o privilégio da tua companhia.

PS.  Estou fazendo o bolo de coco com leite condensado, que tanto gostavas, pois, sei que amanhã, virás tomar o café da manhã comigo.

Regina Carvalho- 05.04.2024 Itaparica



NADA MAIS CAI DO CÉU

... além de sol, chuva e as vezes os dois juntos, para festejar o “casamento da viúva”, como costumava-se ensinar as crianças de meu tempo.

Nossa que coisa mais antiga este tal de “meu tempo”, afinal, meu tempo é sempre o agora, enquanto, vivo e saboreio as delícias e os amargos e onde, vou treinando incessantemente a arte da minha sobrevivência em relação a mim mesma, frente a diversidade infinita que se apresenta, num exercício aparentemente igual, mas que não o é, na medida que há muito já me provou, ser um poço sem fundo de onde emergem surpreendentes performances, teatralizando os mesmos textos.

Meu tempo, seu tempo, congelou-se nas lembranças de cada um de nós, transformando cada ser humano num manancial de referências tão palpáveis, quanto, os efeitos emocionais que permanecem aprimorando e referenciando como um esmeril e nem sempre, sendo capaz de polir devidamente, a casca muitas vezes bruta de nossas emoções.


quinta-feira, 4 de abril de 2024

IMAGINE SE EU FOSSE...

Nesta noite que se inicia, já mais conformada com a raça humana com a sua costumeira multiplicidade de caráter, adaptável as pontuais necessidades, reparo que esta minha cada vez maior tolerância com as seguidas decepções que, ainda me pegam de um jeito bem dolorido, se dá ao fato de há muitos anos, ter pousado meus olhos e sem descanso até o momento, sorvendo o Novo Testamento, especificamente em Mateus, buscando  nas leituras e releituras das citações, maiores entendimentos das mensagens de Jesus, confessando a você que me lê, que a cada leitura dos mesmos capítulos com seus fartos versículos, mais se ampliam as  intenções do mestre.

Sorrio neste instante, afinal, isso porque eu não sou uma pessoa religiosa, imagine se eu fosse...

Nos últimos 21 anos acabei tornando-me uma aficionada em adentrar nas passadas desta criatura que me inspira profundamente, assoprando em minha mente, o que devo ler e correlacionar com meus textos e hoje, novamente, busquei entendimento na passagem em que ele, responde a Pedro sobre o perdão que deve ser oferecido setenta vezes 7.


CONCEITO DE ELEGÂNCIA

Elegância é a qualidade do que é elegante e, portanto, possui uma certa harmonia caracterizada pela leveza e facilidade na forma e movimento. Para analisar elegância, devemos mergulhar no espírito humano que é onde emergem diversas manifestações de quem a possui. 

A Elegância tem muito mais a ver com riqueza interior, do que com o caimento impecável de algumas peças de moda. Consiste no interior humano uma atitude capaz de exalar o aroma de uma personalidade. 

Ser atraente e se vestir adequadamente, não significa necessariamente ter elegância. A verdadeira elegância não são as coisas que importam, mas a essência das pessoas que as possuem. Pessoas com bom espírito, são consideradas naturalmente elegantes. 


DE REPENTE?

Assim como de repente, olho ao meu redor e tudo me parece inútil, sem sentido e quase absurdo. Afinal, meus pensamentos e minhas lógicas se chocam com o sistêmico e, como uma perdida em meio a um deserto, giro em torno de mim mesma, procurando o oásis de minhas próprias convicções e percebo com absoluta clareza que este ideário, só existe dentro de mim, lugar seguro no qual me abrigo desta loucura que me rodeia.

Esta sensação vez por outra ainda me abala, criando um ambiente de surpresa e quase medo, levando-me a erroneamente acreditar que foi tudo, assim como de repente, quando na realidade, tudo é rotina, eu é que distraída adentrei em mim e desfoquei o tudo mais.


quarta-feira, 3 de abril de 2024

DISTRAÍDA OU CONFUSA?

Tem alguns dias em que me atrapalho, troco as estações, tropeço no meu próprio pé, engasgo com a saliva, coloco sal na geladeira e açúcar no arroz.

 Desta forma esquizofrênica e sem gasolina no tanque, sigo caminhando nesta jornada deliciosa que somente seria melhor, se eu pudesse beijar na boca, tomar um saboroso vinho e não ter que pensar em como pagar meus boletos, mas sem as prováveis soluções, escuto música e faço o que posso.

Já nem me apoquento, quando, assim amanheço, afinal, amanheci e isso é tudo que verdadeiramente, importa.

Depois, o hábito do banho no chuveirão faça sol ou faça chuva, levanta qualquer tesão adormecido, despertando o senso de sobrevivência e aí, mesmo entre os trancos e barrancos, coloco meu carro na banguela e sigo caminho...

E que caminho, valha-me Deus!!!!

Regina Carvalho- 03.04.2024 Itaparica



terça-feira, 2 de abril de 2024

Em “Casa de Ferreiro, muitas vezes o espeto é de pau”.

Escrevi infinitas laudas sobre a necessidade do perdão pessoal para uma restauração física e mental, mas enquanto, explicava com argumentos extraídos de estudos e observações, fazendo correlação com o surgimento e agravamento de doenças, oriundas das constantes somatizações, eu, permanecia numa viciosa e doentia simbiose, camuflando sensações que me eram danosas, numa espécie de expiação de supostas falhas que eu me impunha, afim de justificarem isto ou aquilo que eu vivenciava e que mesmo, disfarçando, acreditava ser uma espécie de castigo.


A PAZ...

O lamento de tantos ais é o que não se deve deixar dominar a mente, que insiste sorrateiramente em ir empanando as muitas outras lembranças do muito amor e das muitas emoções que envolveram infinitos minutos, horas, meses e anos de uma convivência.

Penso então, que não se é e infelizmente, jamais seremos os únicos a banalizar o tempo que apressado vai levando as possibilidades de resgate do que vai ficando pelo caminho, ora não vivido, ora mal vivido, ora sequer imaginado, perdidos num emaranhado de personagens que incorporamos para nos apresentar a cada instante neste palco, nem sempre bem iluminado e muito menos com uma plateia que compreenda a grandeza da peça apresentada.

Portanto, se o outro lhe aborreceu, apenas beije, pois o mel doce do carinho é capaz de colar qualquer estrago, caso contrário, o que fica é só a certeza da contradição pelo não entendimento da importância da paz.

Regina Carvalho-02.4.2024 Itaparica



segunda-feira, 1 de abril de 2024

ME POUPE, PELO AMOR DE DEUS!!!

Não sei você, mas eu já não aguento mais os finais de domingo que por si só, já são chatos e monótonos e se acrescentarmos a ele, os programas televisivos, aí é que a coisa fica desanimadora.

Será que sou eu que estou a cada dia mais chata e seletiva ou realmente, o nível de qualidade está se reduzindo assustadoramente.

De repente, descobre-se que existem nove milhões de analfabetos no país e esquecem dos outros milhões de analfabetos funcionais.


E LÁ VOU EU...

E como uma ovelha desgarrada, sigo meu caminho solitária, descobrindo mundos desconhecidos.

E dentre as novidades que vislumbro, vou percebendo que não me encontro sozinha, não sigo rebanhos, apenas, vou colhendo e saboreando os raros frutos que vou enxergando neste meu caminhar de vida e liberdade.

Tudo é tão absurdamente simples, tudo é tão absurdamente fantástico que até posso compreender a imensa incapacidade de entendimento do que falo e escrevo, afinal, viver o simples, exige dedicação, busca e fascinação, exige abraçar o tangível e fazer dele o seu mais rico imaginário.

De repente? Nada é de repente...

Tudo pode ser previsto, principalmente em meio ao sempre igual.

Que nesta segunda, depois de um feriado prolongado os frutos raros possam ser enxergados, nem que seja, também em raros momentos. 

Regina Carvalho- 01.04.2024 Itaparica



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...