Acordei pensando que sou uma filha da mãe, que nasci com o bumbum virado pro céu.
Que coisa, viu!!!
E ainda reclamo pelos cantos, lamuriando por isto ou aquilo, quando a vida, sempre muito generosa, providencia em tempo e hora, tudo quanto me seja verdadeiramente útil, além de garantir-me o recebimento de todas os meus desejos, embalados em papel de presente como dádivas celestiais.
Tudo, tudinho que geralmente falta aos demais, afinal, a Regininha recebe de bandeja deste Jesus que se faz de universo e se transveste de variadas aparências, só para poder se engajar nas minhas mais extravagantes projeções e desejos.
E aí, nesta manhã ainda de frio, mas ostentando um solzinho fraco que deixa o azul lindíssimo se expressar, acordei pensando novamente nos homens de minha vida e vocês, amigas mulheres que me leem diariamente, certamente me compreenderão, pois, afinal, mesmo que na maioria do tempo, disfarcemos e até façamos discursos garantindo nossas autonomias, bom mesmo é tê-los sempre por perto e neles, podermos pensar, conviver e até amar livremente.
Trem bom da conta, sô...
Delícia é poder receber um delicioso beijo na nuca ou quem sabe, aquele abraço delicioso, beijocas nas bochechas e nem precisa ser namorado, amante ou marido, bastando apenas ser, um pai amoroso ou um amigo fiel, respeitoso o suficiente para nos fazer felizes, acreditando que “tudo vale a pena, se a nossa alma não for pequena”, Augusto dos Anjos.
Penso então, o que teria sido de mim, sem os benditos homens de minha vida a cheira-me o cangote como fazia meu pai, beijar-me a face ou ouvindo-me, como sempre o fizeram meus preciosos amigos ou tocando-me magistralmente como o fez meu Roberto, enfim, colorindo a minha vida?...
Ao pensar neste instante em meu Jesus, homem parceiro e adorado de minha existência, cumplice de minhas peripécias vivenciais, rendo homenagens, aos poucos e maravilhosos homens que abrilhantaram com suas presenças a minha incrível vida de mulher, esquisitamente lúdica que sempre só desejou viver, tendo-os.
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