quarta-feira, 27 de outubro de 2021

TIMIDA, SIM SENHOR...

Acreditem, pois, é verdade, esta senhora ainda conserva pontos de timidez que qualquer pessoa mais íntima, pode confirmar e não me perguntem a razão, mas sempre foi assim, desde quando, posso me lembrar.


No entanto, existiram momentos em que ela desaparecia como num passe de mágica, como por exemplo; dando aula, fechando um negócio, palestrando, discursando num palanque político ou horas num estúdio de rádio, mas no restante como fazer TV que, quase morri de pavor ou falar ao telefone, ir a uma simples festa e até mesmo, me deixar fotografar e aí, bem...Só meu Deus é quem sabe da minha imensa dificuldade.

Viro o próprio bicho do mato, que perde o traquejo e me enrolo toda.

Sou capaz de ficar uma hora falando sobre um assunto que domino para uma grande plateia e perco “o rebolado” se tenho que encarar um amigo virtual que de repente, eu encontre e assim, acordo e anoiteço escrevendo sobre liberdade sem no entanto, ainda não ter conseguido atingir a plenitude de minha própria e as vezes, como na noite de ontem, obrigo-me a pensar a respeito, chegando agora pela manhã sem sequer uma conclusão, mas adorando receber mais uma postagem de piadas que o meu sempre querido amigo Roberto Fialho me enviou e que, como sempre, arranca-me sonoras gargalhadas, levando-me a pensar que o conheço a “trocentos” anos e sempre estivemos rindo juntos sem constrangimentos quando nos encontramos e isso, é simplesmente maravilhoso.

Esqueci da timidez?

Nem pensar, mas fazer o quê, nesta altura da vida?

É claro que me esforço, seguindo minha própria bula medicamentosa que garante que só enfrentando os problemas, somos capazes de superá-los e pensando nisto, lembro que galhardamente enfrento vez por outra o constrangimento, postando minhas fotos nas redes sociais, já que receber elogios sempre foi o meu maior problema, provavelmente por isso, acredito que expor-me nas campanhas políticas, tenha sido um fator decisivo para finalmente, sair da sombra de meu marido e isso, deverei sempre a ele, que mais do que qualquer outra pessoa, conhecia o meu jeito de ser e me estimulava incansavelmente.

Mas agora sem ele, o jeito é seguir em frente correndo léguas dos acabrunhamentos e pedindo a Deus que a cada dia, eu possa enfrentar mais suavemente os constrangimentos que a timidez, ainda me provoca.

Que coisa, viu!!!

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