sábado, 30 de outubro de 2021

TEMPLO SAGRADO 2

Dando continuidade ao percurso que fui levada carinhosamente em minha infância e juventude a conhecer, através de duas preciosas mulheres que na simplicidade de suas condições oprimidas em um sistema sufocador e patriarcal, inconformadas, buscaram transgredir, através de suas brilhantes livres mentes que também as direcionavam a além dos mundinhos restritos nos quais estavam inseridas e neles, cada qual revolucionou hábitos e costumes de todos aqueles que delas se cercaram e eu, como nasci com o bumbum virado pro céu, próxima delas estava e recebi delas as inimagináveis ideias e ideais de vida e liberdade, que muitíssimo me ajudou em uma época de ainda muita opressão machista a traçar e a fidelizar o meu próprio caminho existencial.


Cada qual, sem sermões ou aulas programadas, foram nos nossos cotidianos exemplificando, através de suas posturas pessoais, longas conversas e aí, faço um breve hiato, pois, neste instante, após tantas décadas, conscientizo-me que obtiveram um relativo sucesso nos ensinamentos a mim, justo porque, suas naturalidades não me permitia sentir-me menor, infantilmente inútil, mas um alguém que dividia com elas, ricas descobertas.

Incrível esta percepção que me leva a crer que com certeza essa é a razão de terem se tornado mais que mãe e tia, e sim, amigas e parceiras que fizeram das apresentações também absolutamente naturais da natureza e das posturas humanas, campo fértil de aprendizado, onde não haviam críticas, medos, invejas, competições, tão somente, constatações, numa busca constante do reconhecimento das benditas afinidades que, reconheço grata que representaram as margens seguras de minhas passadas vivenciais.

Não me livraram dos erros e das dores, mas sustentara-me...

Despertar meus sentidos, aguçou a minha curiosidade e esta, determinou as minhas escolhas e a minha resiliência em não querer mudar a originalidade de absolutamente nada, apenas parceirar, se possível fosse.

Que maravilha, tê-las no histórico de minha vida e que maravilha, neste apogeu cronológico em que me encontro, poder constatar que sou capaz de encontrar ressonância de minhas experiências em muitas mentes que me leem a distância, sem mesmo, jamais terem trocado comigo um só abraço ou aperto de mãos, levando-me a crer que as benditas “Hildas” estavam certas, quando me afirmavam que para as vibrações amorosas enviadas ao universo, não há fronteiras e muito menos limites de alcance.

E pensar que resumiram seus conceitos em apenas três itens que se definiram através de infinitas ramificações empíricas, que os sentidos afinados, sempre foram sinalizadores implacáveis à mente.

TEXTURAS, AROMAS e SABORES, fontes inesgotáveis na formação das emoções que por sua vez, determinam sentimentos e posturas.

Simples assim...

Bendito corpo, benditos sentidos, bendita mente, bendito TEMPLO DE DEUS, delineado em nós. 

BOM DIA!!! O sábado chegou, trazendo consigo um longo feriado, tempo que sempre nos falta no cotidiano para pensarmos no nosso próprio “Templo Invisível”, além do estético que o espelho (mente),só mostra se assim, o desejarmos.

Texto que esta sendo inserido no livro "O que ainda não contei"- Regina Carvalho 2021- ainda em elaboração.

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