quarta-feira, 13 de outubro de 2021

O SEMPRE INÉDITO

Neste amanhecer, tudo que me passa pela mente é o meu estranhamento frente ao novo que se descortina diante de minha vida, levando-me a concluir que sempre foi assim, desde que me é possível lembrar.


Não me privo em vivenciar novos horizontes por qualquer razão comum as outras pessoas, mas estranho e levo um bom tempo para me adaptar ou me desapegar do já assimilado, como se eu precisasse sentir muito confortavelmente, ambientes e pessoas para então, incorporá-las suavemente em minha vida.

Para uma cigana andarilha, sou muito programada e seletiva, optando sempre em seguir meu romântico coração em detrimento do sistema sempre cruel que tem por hábito, o gosto esdrúxulo em aprisionar mentes e corpos a certas rotinas e para tanto, produz uma infinidade de culpas e castigos que flagelam os desavisados.

Não me lembro qual foi a base de minha motivação, mas em dado momento, percebi o quanto era reconfortante ir além dos muros e portões, visíveis ou imaginários, seguindo o fluxo bendito de meus sentidos que, até o momento, ainda não falharam, já que são sensíveis captadores das minhas mais encantadoras afinidades, não me permitindo jamais, tropeços e enganos, apenas um estranhamento que aos poucos vou assimilando sem pressa, respeitando o tempo ideal para então, abraçar o sempre inédito em minha vida.

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