Desde que acordei e não faz muito tempo, pois, por aqui, a cama fica bem quentinha e é um convite quase irresistível de nela permanecer estreitada entre travesseiros e o leve edredom, embalada pelos cantos dos pássaros que também por aqui, circulam a janela do quarto, na companhia de um constante vento que zuni entre as vidraças, se fazendo notar e aí, abri as comportas do meu imaginário, no desejo ardente de com ele conversar, numa troca inicial de reconhecimento, tal qual, faço sempre que sou apresentada a um novo alguém.
Afinal, se teremos que conviver, faça sol ou faça chuva, que nos tornemos amigos e bons parceiros no desfrute de um tudo mais que encheu os meus olhos de encantamento, desde que por aqui estive em um certo tempo atrás...
Vento temperamental, não resta a menor dúvida, meio bipolar, pois quando muda o humor, levanta telhados, fazendo o maior estrago, mas na maior parte do tempo, se mostra amigável, mantendo o frescor, apenas despenteando os cabelos e beijando nucas, num carinho sem fim.
Mesmo agora, neste instantinho, apesar do céu azul e do sol ameno, cá está ele, entrando pela fresta da janela me fazendo arrepiar como um safado amante a me aliciar.
JESUS... que amigo é esse, abusado e apaixonante que sem pedir licença, me inspira e me domina, abrindo as portas do melhor de mim, fazendo nascer um poema que, encabulada, deixo brotar em mim...
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