quarta-feira, 20 de outubro de 2021

PORSCHE e FUSQUINHA

Rapaz... Acordei pensando que basta esquentar um tiquinho que não há cama que me segure e nesta ainda madrugada, já posso sentir que o dia vai ser ensolarado, reconhecendo através do calor que se expande em mim, confirmado pelos pássaros que cantam diferente, muito mais euforicamente agitados e aí, também minha mente resgata as maravilhas do meu vivenciar...


Pensando nisto, lembro da noite de ontem em que no celular com uma amiga dos tempos da juventude, falamos por exatamente uma hora e dez minutos, contando e relembrando uma para a outra as muitas peripécias que juntas ou separadas, aprontamos em meio a infinitas gargalhadas.

E nesta cascata de lembranças, pensei alto: “Porra Consuelo... O duro é quando na velhice, sentimo-nos ainda um possante Porsche, tendo na mente um reluzente designer repleto de certezas e desejos, mas diante do espelho tudo que somos capazes de enxergar é um fusquinha 68.

Rapaz... que decepção...Velhice definitivamente é uma merda ...

E aí, chorar ou me revoltar por não ser mais “aquela máquina “de nada resolve, então, consolo-me com as delícias que o meu porsche foi capaz de me oferecer, fosse aos olhos, tato ou paladar e ainda ser generoso de até o momento, ser um fusquinha 68, pé de boi, que aguenta qualquer rojão, repleto de histórias para contar ainda, sorrindo...

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