Acordo e já sinto o friozinho ainda presente e aninhada entre as cobertas, desanimo em levantar e fico escutando a cantoria dos pássaros, enquanto minha mente desfila imagens de temas para eu escrever e entre tantos assuntos momentâneos e as recordações, tem um que se destaca, na verdade é um refrão do tempo do império brasileiro e que ficou na memória, pelo menos na minha, provavelmente pelo fato de tê-lo ouvido centenas de vezes, principalmente na minha adolescência em que safadinha, adoçava a voz e carinhosa, aliciava minha mãe a ceder as minhas vontades e aí, ela muito esperta dizia:
Está pensando que sou boba, meu quindim de Iaiá?
Certamente, boba ela não era, mas apaixonada por mim, com certeza, pois, cedia a quase tudo que eu queria.
Volto ao presente e como não me comparar a minha mãe, na paixão que minha filha me inspira.
Safada como ela só, me encanta e faz de mim, gato e sapato com a doçura de um quindim de coco, que eu adoro...
Linda, morena cheirosa que aos moldes da mamãe, cresceu amorosa, ética e dengosa.
Nesta quinta-feira de sol e frio, só mesmo uma cobertinha, um chocolate quente e a constatação de uma vida plena.
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