Chove lá fora e os cheiros de terra molhada, de grama lavada, de frutas frescas, chegam até a mim de forma majestosa como se a natureza quisesse me informar que, afinal, o verão está chegando, lindo, ensolarado, às vezes chuvoso, mas absolutamente encantador com seus aromas e cores, tudo sob a tutela de noites estreladas e dias ensolarados.
Os pássaros destemidos escondem-se entre as folhas por sobre os galhos embalando a natureza, com seus cantos e leveza.
Ouço-os neste instante, assim como ouço a chuva esparramando-se sobre tudo, formando sons diferenciados que vou acolhendo em mim, fazendo deles inspiração para soltar também as minhas asas imaginativas e voar horizonte à fora com a certeza absoluta do retorno garantido.
E nesses bateres de asas, vario de rumo, permitindo-me, inclusive, sentir-me eterna entre os pássaros que seguem orientando, tal qual as margens de meu eterno riacho com o qual convivi em minha infância.
Bendito verão que se aproxima, benditas lembranças que me aquecem, bendita vida que me pertence, bendito amor que me abraça.
E aí, um trovão soa à distância.
Soa à distância um raro trovão.
Coisa de quase nada que a natureza produz,
Talvez para nos lembrar
Que ter cuidado, também é preciso.
O Natal está chegando e com ele o verão que, certamente, aquecerá os nossos corações, permitindo-nos o encontro com o “Arco Iris” da vida plena, que existe dentro de nós.
Texto escrito em 22/12/ 2013 Itaparica Ba
Regina Carvalho

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