Na boca o pedaço pequeno de queijo baila entre a língua e o céu da boca, enquanto os olhos fixam a parede de pedra e o corpo repousa sobre o chão de madeira coberto parcialmente por um fofo e macio tapete... espero pacientemente minha alma retornar do passeio matinal na companhia do sabiá.
Aonde terá ido neste amanhecer de uma nova semana?
Será que como de costume, sobrevoou, matando a saudade de seu mar em particular ou tão somente, pelo meio do caminho, trocou de carona, decidindo plainar com o beija-flor as matas verdes do lado de cá?
A curiosidade se mescla aos sabores do queijo ao despojamento de uma mente que aprendeu a esperar pelo sempre melhor que está por vir, enquanto, sorve o que já chegou, mas que não conseguiu aplacar a alma afoita e desejosa, porém feliz, mas acima de tudo aventureira, incansável voadora das caronas universais.
Aonde terá ido, neste amanhecer, minha alma viajante?
O que desta vez trará para mim, além da sempre certeza da vida plena e da gostosa liberdade?
Bendita alma que se renova,
bendita mente que a espera,
bendita parceria que se perpetua...
Bendita vida que as abriga.
Regina Carvalho- 8.9.2025 Tubarão S.C

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