domingo, 19 de junho de 2022

PODE SER...


De repente, sinto que não sei nada e que estou perdida em meio há pessoas que tanto sabem e eu então, me sinto tão pequena, tão nada, meio que boboca, ingênua, lúdica e totalmente fora da realidade.

Vou até a janela, olho pro jardim, tudo me parece tão calmo e verdadeiro, mas ao fitar o espaço entre ele e o céu, me perco em meio a sapiência que me rodeia.

Por que sempre fui assim?

Pergunto constantemente a Deus, o por quê deste distanciamento entre minhas lógicas e as lógicas alheias?

Por que, ínsito como uma pena solta a seguir o fluxo das correntes de meu vento mental, deixando para trás os vendavais que não consigo sentir como caminhos que devo seguir?

Por que, tudo me é tão estranho e sem sentido?

E quanto mais penso e busco entendimentos que me façam compreender o não aceitável, mais me distancio do redemoinho de expertises que me cerca, fazendo-me sentir a solidão de minhas próprias lógicas.

Por que, venho nos últimos tempos, me cansando tanto do já visto, ouvido e processado?

Por que, nada mais me parece novidade, curiosidade a ser explorada?

Por que as dores do mundo, já não me comovem mais?

Por que tanta explicitude da realidade de que nada poderei mudar, além de mim...

Olho para o meu jardim e em seguida para o céu, ignorando o espaço entre ambos...

Culpa, deveria estar sentindo culpa por não querer me inserir no que não mais me faz sentido?

Não estaria nestes momentos sendo alertada da inutilidade em afrontar a minha natureza, inserindo-me nos vendavais que já não me dizem nada, absolutamente nada?

Estaria eu, finalmente vivenciando a liberdade de ser e de sentir?

Pode ser...














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