Declamamos sobre
liberdade, mas não soltamos o chicote de sinhozinhos que trazemos nas mãos.
Escrevi esta
frase há muito tempo atrás, justo por perceber a constante incoerência entre o
que desejamos, falamos e agimos.
E neste
redemoinho constante de certezas e dúvidas sobre o que realmente queremos
vivenciar, estão sempre as conveniências sociais, aliadas as necessidades de
realizações pessoais, construindo geralmente uma sucessão de paradoxos que tem
como função, nos confundir e nos levando a representarmos um personagem confuso
de nós mesmos.
E aí, sofremos,
transferindo para o nosso corpo nossas chagas emocionais, chicotes que nos
ferem a cada instante em que tentamos ficar sós, percebendo o quanto é difícil
essa convivência.
Penso então, que
o chicote da escravidão está em nossas mãos e nós, sempre servis às
conveniências, somos os primeiros a sentir as lesões de seus golpes cruéis...
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