terça-feira, 28 de junho de 2022

Pedido safadinho de desculpas...


Almocei e tentei descansar no sofá um pouquinho, como de costume, mas foi impossível, pois, a safada da minha mente continuava com as comportas abertas e esse desaguar, acontece desde ontem, levando-me a sentir uma pequena exaustão.
O foco de meus pensamentos, circula do Rio de Janeiro da infância e adolescência em diante, até os dias atuais, aqui na minha Itaparica, onde os fatos aparentemente esquecidos, vem à tona surpreendentemente, num rebobinar automático de lembranças que meu subconsciente armazenou e por algum motivo de uns tempos para cá, resolveu liberar.
Percebo então, que sempre fui muito louca, apesar de aparentemente ser uma mocinha e agora, uma senhora comportada, isso porquê, ninguém podia ou pode, graças a Deus, ler a minha mente recheada de aventuras com toques que variavam do principesco ao vampiresco, tudo recheado de muitas cores, perfumes e sabores, afinal, ora uma fada, noutra uma bruxa, mas nas duas versões, sempre muito chegada ao romantismo, legado herdado dos filmes hollywoodianos, levando-me por todo o tempo a escrever nos meus roteiros emocionais, um final feliz.
Tudo precisa dar certo, mesmo quando tudo está errado, não havendo espaço em meu script para qualquer tragédia, frustração e muito menos tristeza, pois eu sempre encontrei um jeitinho carioca de reverter fosse lá o que fosse, e quando eu não o faço, o universo, faz por mim, pelo menos na minha forma de encarar e consequentemente, vivenciar o aparente irreversível.
E agora, enquanto narro um pouco de mim, creio que minha sempre conscientização da importância de estar viva e saudável, fez com que eu não dramatizasse, não me lamentasse, não me culpasse e muito menos ao outro, pelo que estava passando, acreditando, talvez numa espécie de fatalismo, que tudo sempre fez parte do roteiro de minha vida que, fui escrevendo de acordo com as circunstâncias derivadas de minhas escolhas.
E eu, não fiz outra coisa na vida a não ser ter que escolher, geralmente entre os absurdamente contrários à lógica de um questionável bom senso social que eu confesso, alimentei sérias restrições desde que me entendo como gente.
Portanto, pensava como ainda penso que, afinal de contas, ganhei o que me pertencia, perdi o que na realidade não era meu, tropecei em pedras que não enxerguei, mas estando sempre satisfeita, com o tudo que vivenciei...
Agora, que eu gostaria de ter sido mais delicada, coquete, menos desbocada e atrevida, assim como mais leviana e “menos pensadora”
AH! Isso eu queria...
Mas fazer o quê, se não consigo armazenar na mente, o que a insuportável caixa de neurônios pensa, transformando-me muitas vezes num trator desgovernado ladeira abaixo?
Ainda bem que aprendi a dizer: “Eu te amo”
Meu sempre pedido safadinho de desculpas...
Que coisa, viu!!!...
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, sofá e área interna
Jeferson Borges Zon, Consuelo Vellasco e outras 10 pessoas

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