quinta-feira, 23 de junho de 2022

RECORDANDO...

Depois, de sentir novas e surpreendentes emoções neste amanhecer de véspera de São João, minha mente, até então, sem inspiração, abre espaço para as lembranças oriundas do ano de 1968, onde tudo era apenas expectativas de um futuro aos moldes de uma garota sonhadora, grandes recortes de maravilhas.

Foi sem dúvidas um ano de grandes emoções para o meu coraçãozinho e processá-las, não foi nada fácil em inúmeros momentos, mas quando se é jovem e amparada por uma família estruturada, tudo pode parecer possível e foi assim que apaixonada disse sim no dia de São Pedro, para o meu Robertinho, cheiroso e gostoso, as 18 horas sem qualquer nuvem que pudesse empanar o que eu achava que estava preparada para vivenciar dali pra frente.



Primeiro grande ledo engano, mas quem de verdade naquela época e com tão pouca idade, poderia de verdade mensurar o que enfrentaria num casamento?

Foi um pagode de fundo de quintal, sem hora pra começar e terminar.

Tadinhos de nós...

Eu e ele, não sabíamos de nada e batemos tanto nossas cabeças que, só mesmo o imenso amor foi capaz de suportar as absurdas diferenças a serem acomodadas.

Coisas de louco que só aparecem no dia a dia de uma intimidade, nunca pensada enquanto namorávamos.

Por que estou lembrando disso agora?

Talvez, porque li a respeito das grandes transformações ocorridas em 1968 e porquê, de repente lembrei-me de meu primeiro namorado que inconformado com o meu casamento que ocorreria no sábado seguinte, veio de São Paulo e postou-se em minha porta com um buquê de flores, pedindo que eu desistisse do casório.

Esse fato, exatamente hoje, está completando 54 anos...

Como esquecer um acontecimento deste?

Como não ter tatuada na mente e nos sentimentos, todas as demonstrações de amor que recebi por toda a minha vida?

Dalí em diante, minha vida foi repleta de cenas inusitadas e belíssimas e por tanto, só posso dar Graças a Deus...

Ainda posso sentir a emoção, num misto de ternura com uma pontinha de dúvida, que tomou conta de mim ao enxergar aqueles lindos olhos azuis umedecidos de lágrimas de amor me fitando e esperando que como nos filmes hollywoodianos

da época, juntos fugíssemos, pra onde, só Deus poderia dizer, afinal, o meu doce paulistinha, também só tinha 18 aninhos, assim como ainda posso sentir, seu abraço amigo e amoroso que permaneceu em mim por toda a minha vida.

Linda é a juventude e suas inconsequências... 

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