quarta-feira, 8 de junho de 2022

A ESTRESSADA E SEM NOÇÃO...

Textão, quase uma história.kkkk

A cada dia que passa, mais e mais convencida fico da minha inutilidade, afinal, passei a maior parte de minha vida preocupada em cuidar do marido dos filhos, do pai, dos sogras, dos funcionários em suas especificidades, do trabalho em tudo que empreendi e nas minhas escritas e estudos e, esqueci de aprender a sobreviver às coisinhas simples do dia a dia, como ligar a Netflix, trocar um pneu ou uma lâmpada se necessário, sacar ou transferir dinheiro num mísero caixa eletrônico e outras mil coisinhas como por exemplo, sair de ré da minha garagem ou reparar se vesti a blusa do lado do avesso.
Pelo menos, aprendi a digitar e publicar no facebook e chega, pois, para por aí, a minha capacidade. O Zap é uma tortura, digitar no celular nem pensar e raciocinar ao telefone, cruz credo é um suplício.
Sem noção, é o que eu sou... Um verdadeiro horror!!!!
Meu analfabetismo para as coisas práticas da vida as vezes me desespera, como por exemplo fazer compras num supermercado, onde as prateleiras se afunilam e de repente, todas as embalagens parecem iguais e eu, simplesmente não acho nada, mesmo que a mercadoria desejada, esteja diante de mim.
Já passei inúmeros constrangimentos...
Hoje, por exemplo, de um instante para o outro, parte da casa ficou sem luz, a internet sumiu desde cedo e minha rua está uma desgraça, impedindo-me de sair, aliás como todos os meus vizinhos, exceto o Capitão Américo, pois, com o seu Jipe maluco da segunda guerra, ele atravessa até um pântano, graças a Deus.
Aliás, nem sei o que faria de minha vida sem seus préstimos, assim como de sua esposa e minha amiga Reinalice.
Também, não posso esquecer do amigo Marcos da SKY, sempre pronto a me ajudar com os eletros e eletrônicos que geralmente não pifam se eu não cometer o engano de apertar a tecla errada.
Todas as confusões do dia de hoje, baixou a minha adrenalina de tal forma que sentei no sofá e fiquei fixando a mangueira que tinha diante de mim, através da janela, achando-me a mulher mais desafortunada desta vida, por estar constatando que perdi preciosos momentos de minha vida não aprendendo a cuidar de mim.
Falando sobre minhas impossibilidades, lembro da minha adorável funcionária e amiga Ivonete Galdino, mineirinha linda que papai do céu, chamou muito cedo e que foi minha mais preciosa imediata para vestir-me, afinal, de gosto apurado e sensibilidade incrível, logo compreendeu meu jeito de ser e de me vestir e, portanto, fazia as vezes de procurar nas lojas o que mais me agradava.
Foram muitos anos em que ela e o motorista adentravam pela porta da sala de minha empresa, trazendo caixas e mais caixas e juntas escolhíamos o que melhor se adequava ao meu gosto.
Bons tempos em que eu só precisava escolher e pagar...
Simples assim...
Estou rindo, afinal, hoje, mal posso escolher e tão pouco pagar.
Que coisa, viu...
Então, para a princesinha zona sul do Rio de Janeiro que nem precisava pensar nas calcinhas que usava, porque mamãe e depois, o marido e os funcionários providenciavam tudinho e eu, só precisava aprovar e vestir, até que hoje, apesar de enlouquecer por instantes, até que não estou me saindo tão mal.
Contando assim, parece até que fui uma inútil por toda a minha vida e isso não é real.
É que os meus olhos e mentes sempre estiveram focando o macro de alguma coisa, todavia, a moça e mulher conhecida pelo aroma do Chanel nº5, também sempre esteve pronta e disposta ao enfrentamento de novas e surpreendentes experiências, como adaptar-me sem traumas e chororôs a ser mais uma “quebrada”e consequentemente pobre do confisco Color de Mello.
O tombo foi tão grande que estou quicando a bunda até hoje, e olha que já fazem trinta anos.
Pois é, neste resumo de minha inoperância, uma coisa não mudou, afinal, há sempre por perto um amigo e parceiro querido, para me estender a mão.
São quase cinco horas da tarde, e as pendengas estão todas resolvidas.
Maravilha!!!!

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