Claude Monet- Passeio
Ando muito dorminhoca e tenho perdido os primeiros raios de luz de um novo dia, assim como a vida ainda ao longe de meus pássaros, o galo cantando, nem pensar, mas tenho o prazer de abrir a janela e poder deixar o sol invadir a mim e o meu quarto, num abraço gostoso de um apenas, bom dia.
Hoje, particularmente acordei com algumas imagens de pessoas lindas que marcaram indelevelmente, momentos extremamente difíceis de minha vida e que, com suas presenças e atitudes, foram fundamentais para o meu convencimento que o amor existe e que pode surgir travestido de muitas formas, única e exclusivamente para nos amparar, derramando sobre nós, o melhor delas mesmas.
Fui lá atrás, buscando imagens e nomes, momentos fundamentais que me forjaram mais forte, mais resistente e ao mesmo tempo, mais convencida de que quando se permite, o ser humano se faz Deus em atos e atitudes de profunda solidariedade para com os demais.
Sempre fui uma privilegiada em todos os sentidos e já não questiono as razões para sê-lo, talvez, um mimo da universalidade em compensação à minha sempre paixão pela vida.
Mas o que importam as razões?
Neste instante, a chuva cai suave sobre o gramado, tendo o sol como testemunha e eu, aqui vivinha, podendo receber este brinde, logo as sete horas desta manhã de mais um belo inverno tropical.
Se portas se fecharam em determinados momentos de minha caminhada vivencial, janelas se abriram para que o sol do universo adentrasse, banhando-me de amparo amoroso.
Adoro gente e enquanto vida terrena eu tiver, estarei sempre buscando promover a dignidade de cada criatura seja humana ou não, que divide comigo o mesmo bendito solo, o mesmo bendito ar, mesmo que sequer saiba seus nomes, mesmo que jamais tenhamos nos apresentados.
Simples assim, ao som de Claude Debussy, sentindo muita gratidão.
Para você que me lê, um quarta-feira, repleta de paz.
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