segunda-feira, 18 de abril de 2022

NADA ALÉM DE MIM...

TEXTÃO

Essa foi uma Páscoa repleta de mimos, não de bombons de chocolate, mas de afeto e de reconhecimento aos meus escritos e aí sim, através de adocicadas mensagens, poemas, trazendo em cada uma delas, poderosas manifestações das benditas vibrações afetivas que me estimulam e nutrem, fazendo de meus instantes, um prazer inenarrável.


Orgulhosa? Com certeza...

Vaidosa? Também... 

Afinal, como não me sentir absolutamente orgulhosa em ler ou ouvir, cada uma dessas demonstrações espontâneas? 

Como impedir que meu ego, voe nas asas de uma de minhas borboletas, numa tentativa de chegar bem próximo das estrelas?

Minha satisfação é sem tamanho, afinal, não exibo em meus textos a produção de outrem que esteticamente brilha, reluz e já é consagrado ou que ao me aplaudirem, estarão reforçando suas posições de qualquer ganho sistêmico.

 Não, dada disso, aplaudem tão somente, o cerne de seus próprios sentimentos que afloram ao lerem meus escritos.

 Ao longo da vida, fui bisbilhotando e registrando os efeitos de minhas ações e reações, assim como daqueles que conviviam comigo, acreditando que apesar de sermos cada qual, únicos, ainda assim, buscávamos por caminhos totalmente diferentes os nossos quereres, mas acima de tudo, a nossa liberdade em sermos de alguma forma felizes e que justificasse a nossa existência em meio a todo este todo, simplesmente fantástico e belo, mas que também assusta, confunde e pode nos deixar fragilizados e impotentes. 

Jamais tive em minha vida a pretensão de ser ou de exibir  intelectualidade e sempre fiz questão de afirmar que para mim, nada foi fácil ou me sendo trazido pelas contínuas circunstâncias favoráveis, exceto numa espetacular infância que me deu base para uma adolescência ainda mais espetacular, nada mais, pois, a partir daí, a vida também muito generosa, testou-me sem piedade, afim de que eu pudesse ter a chance de oferecer a este universo bendito, o devido retorno vibracional de todas as benécias, que haviam me sido oferecidas.

Intuitivamente, fui compreendendo que a partir de minhas ações neste mundo de meus Deus é que eu poderia ser merecedora do sempre bendito e amoroso retorno, começando por encarar as dolorosas perdas como oportunidades únicas para eu conquistar a serenidade avaliativa do ganho de qualquer natureza, pois, perdendo seja lá o que fosse que me era muito valioso, mergulharia visceralmente em meu interior de pessoa humana, numa tentativa, nem sempre vitoriosa de apenas querer entender, já que em minha mente, só pairava com insistência uma pergunta:

Por que comigo?

Esquecendo que ao meu redor e, nos tempos atuais, através dos meios de comunicação, a dor da perda, do esquecimento e de uma infinidade de mazelas, estão duramente presentes, destroçando almas e mentes, numa crueldade que parece não ter solução e fim, mas jamais, acreditando que bateria em meu casulo pessoal.

E aí, vem o lado bisbilhoteiro da Dona Regina, sem ostentar com o bastão da arrogância, o título de detentora de qualquer verdade, sobrevivente contumaz, exemplificando seus próprios mergulhos emocionais sem estrelismos, sem  auto piedade, denominar isto ou aquilo, mas, sistematicamente, sendo agraciada com o respeito daqueles que a leem e a entendem.

Como não me sentir compensada e orgulhosa?

Portanto, começo esta segunda, só agradecendo a todos que me leram, curtiram, compartilharam e comentaram os meus sentimentos e descobertas emocionais que, verdadeiramente, preencheram a minha vida de “Luz.”

Regina Carvalho

“É parte da cura, o desejo de ser curado”

Sêneca

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