PANELA QUEIMADA

Estou aqui pensando, depois de queimar outra panela, mas graças a Deus sem colocar fogo na cozinha, que as maiores lições que aprendi na vida, vieram depois de profundas reflexões, após, por um motivo ou outro, alguém generosamente, ter chamado a minha atenção.

Geralmente, seguimos agindo sempre da mesma forma, seguindo os padrões já estabelecidos e sequer, pensamos a respeito de seus efeitos nas avaliações alheias, até porquê, acreditamos que por sermos e estarmos sempre agindo de boa-fé, nada de ruim, pode nos atingir.

Mas, não é bem assim que funciona nas mentes avaliativas dos demais que não coabitam nos mesmos interesses e então, inevitavelmente, nos colocamos na berlinda.

E aí, nos perguntamos:

Por quê? 

Se todos os demais agem da mesma forma e só eu, me vi exposto?

Sequer mensuramos que fomos escolhidos, exatamente porquê, simbolizamos o ideal que não poderia mesclar-se aos demais, como se mais um adendo fôssemos de um contrato há muito vencido.

Não é nada fácil se estar nas vitrines da vida, estejam elas, as vitrines em que rua estejam, afinal, pobres ou ricas, famosas ou não, serão sempre alvos dos olhares e avaliações dos demais e eu, que o diga, nesta minha profissão onde, como cronista, passo meus dias avaliando o meu entorno, já que por limitações intelectuais, evito ir mais além, buscando colocar bases argumentativas que sustentem as mesmas, geralmente, oriundas não só de um longo caminho percorrido, de falhas pessoas corrigidas, como de referências filosóficas ou científicas que de alguma forma positiva, ajudaram a formar as mentes críticas da humanidade.

O que seria dela, se fossemos e pensássemos todos iguais?

A ética, no ponto de vista é o balizador maior do comportamento humano, responsável pela sua harmonização, assim como a falta dela nas posturas do cotidiano, é a responsável por todas as mazelas possíveis de serem constatadas.

A sutileza da carência da ética, a torna aceitável ao ponto dela se inserir sorrateiramente, nas melhores das intenções.

Um bom dia para todos, com o carinho desta senhora que se amou, foi demais.

E aí, lembro de Vinícius de Moraes ao afirmar poetando que:

Quem já passou

Por esta vida e não viveu

Pode ser mais, mas sabe menos do que eu

Porque a vida só se dá

Pra quem se deu.

Pra quem amou, pra quem chorou

Pra quem sofreu.