sexta-feira, 8 de abril de 2022

O que é isso Regina?

Pois é, nesta manhã de sol brilhante, nada pude fazer, nada pude postar, além de ouvir o canto dos pássaros, afinal, sem internet e consequentemente sem músicas, minha rotina estava partida e aí, de repente, algo me assoprou ao ouvido dizendo bem firme:

O que é isso Regina?


Imediatamente compreendi a ralha que meu espírito oferecia a minha mente, afinal, a minha ligação com a internet é coisa nova, de pouco tempo pra cá e aí, sorri e pensei: 

Desculpa chula a minha para justificar a preguiça que verdadeiramente me dominava.

Na realidade, acordei tarde, fora dos meus padrões, perdendo a chegada dos pássaros e dos aromas gostosos do amanhecer e de quebra sem música o que formava um conjunto propício de negação a escrita.

Por outro lado, se não podia escrever, decidi ir a praia, afinal, faziam alguns dias que não sentia as minhas águas mornas e então, depois de umas comprinhas, lá estava, aproveitando o restinho da maré que de tão translúcida, eu podia contar as casquinhas de conchas e apreciar os pequenos peixinhos que rodeavam os meus pés, fascinando-me e me levando a pensar, que o outono pode ser delicioso com o seu sol mais ameno, as águas mais límpidas e sem o volume de pessoas que para mim e os peixinhos, são terríveis invasores.

Gosto do bucólico, do sossegado, do apenas original, seja na natureza como um todo, seja apenas num jardim, seja num vaso de flores, seja numa pessoa, onde mergulho fundo, buscando a sua alma, deixando a estética em segundo plano.

Foi e é assim em relação a minha Itaparica... 

É que gosto tanto, mas tanto, que só fixo minha atenção no seu original belo, que de tão rico me garante a cada instante, que o amor existe e que ele pode ser sempre primavera, mesmo no outono ou no inverno.

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