quarta-feira, 27 de abril de 2022

CHEGA DE TANTOS DEBOCHES...

TEXTÃO

Para quem acompanha meu trabalho por todos esses anos, sabe perfeitamente que sempre fui avessa a politicagens, assim, como sou uma entusiasta de todo e qualquer momento eleitoral, adorando subir num trio elétrico, caminhar por ruas e avenidas, fazer minhas lives, afinal, com um microfone nas mãos, só mesmo Claudio Neves, pra me desbancar, porque o sujeito é foda, mas passado estes momentos de puro prazer democrático, aceito os resultados e torço muito para que dê certo para a cidade e o povo, no qual me incluo de corpo, alma e coração, afinal, adoro este slogan e, me integrei verdadeiramente a este sentimento de pertencimento que expresso a cada dia através de meus textos no Jornal Variedades por 16 anos, onde com orgulho, minha família e eu, saíamos de baixo de sol ou chuva, distribuindo-o mensalmente por toda a Ilha, fazendo de cada exemplar entregue por nossas mãos, um exemplo explicito de amor e responsabilidade pelo nosso trabalho, querendo que nenhum exemplar se perdesse ou fosse descartado nas lixeiras, como mais um lixo qualquer.


Suávamos e chegávamos ao final de cada dia de distribuição com as pernas e os corpos cansados, mas com as nossas mentes realizadas com a oportunidade de termos criado mais um belo e sério trabalho. 

As pessoas e os empresários foram reconhecendo a grandeza de nosso trabalho e graças as suas leituras e propagandas comerciais, consolidamos o nosso tabloide como um meio de comunicação sério e apartidário.

Concomitantemente, levamos este trabalho para as ondas benditas da Rádio Tupinambá e através dela, ampliamos o nosso alcance de voz, intenções e infinitas ações de cunho assistencialista as demandas urgentes da população, transformando nosso pequeno estúdio numa legítima casa da cidadania, onde cada pessoa, não precisava de nenhuma burocracia para ter sua voz ouvida, nas suas mais dolorosas demandas.

Portanto, mais que prazer, senti-me sempre absolutamente credenciada para expressar minhas visões e conceitos sobre as posturas políticas, respondendo por eles e arcando com os ônus de estar sempre do lado da população e da cidade, criando assim muitas admirações ao nosso trabalho, mas também amolando outros tantos, que por não terem nenhum argumento legitimo contraditório as minhas denúncias, maldosamente reagiam com tolices como me chamar de velha, arrastadora de sandálias, quando doente eu estava ou, ridicularizarem os votos que não recebi, esquecendo-se que os cabelos brancos, deram-me experiencias, as pernas cansadas, ainda sustentavam minha vontade de estar de pé, lutando pelos meus ideais e os votos sempre me foram dados através, de uma sempre crescente credibilidade, moeda cujo valor é incalculável.

O tempo passou e as fugazes agressões continuaram, mas ainda assim a “cuca”, “a de fora”, “a intrometida”, continua de pé, observando, analisando, apontado e sugerindo o adequado ao bem comum, desde como proceder um calçamento de rua, limpeza de bueiro, recolhimento de um lixo, assim como administrar o bem público com seriedade, oferecendo dignidade ao exercício de seu mandato e dignidade ao povo de uma cidade tão pequena e tão carente.

Comprar 169.000,00 reais em num só ano de papel A4 ´através da secretaria de Educação, é no mínimo tão desavergonhadamente ofensivo a um povo absolutamente carente de tudo, quanto, desfilar com um carro alugado as dispensas dos cofres públicos ao valor de mais de oito mil mensais, como ocorreu na gestão passada e que eu, reagi tão logo tomei conhecimento, como tantos outros deboches públicos, não podendo deixar de expressar a minha dor, perante a um abuso tão ofensivo. 

Mas nossos vereadores do passado e do presente, sempre calados e cegos aos desmandos administrativos, logo eles que sempre se gabaram pelos muitos e continuados votos recebidos.

Numa cidade, tão pequena que nos últimos 06 anos já recebeu só de royalties; Marlylda  R$ 29.662.129,76 e Zezinho : R$ 17.740.911,53 que dá um total de R$ 47.403.041,29, torna-se incompreensível que ainda pisemos em lama, em lixo, no descaso e na miséria de todos os níveis.

Problemas HISTÓRICOS são a desumanidades continuadas dos nativos ou agregados da terra para com seus irmãos.

Não há argumentos que desculpem essa vergonha.

E aí, como não lembrar como forma de consolo de uma estrofe do Navio Negreiro de Castro Alves que diz.

“Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus,

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus”?!...

Hoje, sem jornal e sem Rádio, restam-me as redes sociais para escoar meus lamentos, pois a minha voz em defesa do solo que escolhi ser minha terra, gostem e aceitem alguns ou não, só a morte calará e aí, se algum desavisado assim precipitar, tornar-me-ei mais uma mártir inesquecível em defesa do justo e do nobre em favor do ser humano, da vida e do amor.

DIGNIDADE JÁ...

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