quarta-feira, 13 de abril de 2022

INDIVISIVELMENTE SÓ...

Nesta quarta-feira, sozinha e esperando o sono chegar, confesso que estou sentindo o peso da solidão

Sou uma pessoa como outra qualquer, talvez mais poeta, mais romântica, mais capacitada a enxergar o belo na sua mais constante expressão, mas ainda assim, sinto falta de amar e de ser estreitada num peito quente e manso.

Às vezes como hoje, a solidão pesa...

Penso em escrever um poema, mas como fazê-lo se meu coração está vazio?

Talvez uma crônica?

Nada neste instante, me desperta interesse.

E aí, ouço Simone cantando Contigo aprendi e deixo rolar gotas expressas de lágrimas que sem cerimônia, rolam rosto a baixo, desmanchando-se em meu peito, banhando de saudades este regaço de amor.

Hoje eu queria se chamada de céu, ser fogo aceso numa incrível paixão.

Nem uma taça de vinho, tenho pra me consolar...

Apenas a certeza de estar indivisivelmente só, talvez por todo o resto de minha vida...

Então, deixo as lagrimas rolarem...

Me fazem companhia, não deixando a solidão me pesar, só permitindo que exista em mim...



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