Falta-me o
ar e o coração parece querer sair pela boca e, no entanto, estou bem...
Conheço
essas reações físicas, pois as tenho sempre que estou emocionada,
independentemente se de alegria ou tristeza.
Sinto que é
uma forma de comunicação entre mim e o universo que, com suas poderosas emanações
vibratórias, sinaliza um acontecimento importante, sem ser específico, como um semáforo
mental e seu alerta amarelo.
Neste instante,
o dia acaba de clarear, ainda nublado, pois, acabou de chover um pouco, se bem
que fininho, não intimidando meus pássaros que como eu, resistem as intempéries
sem deixarem de cantar.
Enquanto
escrevo, divido minha atenção entre a orquestra de Glenn Miller e a orquestra
dos pássaros, sem que uma interfira na musicalidade do outro, apenas se
completam.
Assim
deveriam ser os grandes amores, apenas se completando...
Na tarde de
ontem, perdi outro texto, por descuido e desconhecimento das muitas teclas do
notebook que inadvertidamente esbarro e aí, lagrimas brotam sem qualquer freio,
afinal, cada perda é um hiato que se forma entre mim e a universalidade.
Preciso ter
mais atenção, mas como meu Deus, se minha mente, enquanto escrevo, voa
despudoradamente, seguindo pássaros e borboletas, viajando entre as lembranças
do passado, os sonhos de um futuro hipotético e um presente repleto de expectativas?
Como
encontrar o ponto do perfeito equilíbrio entre o lúdico e o real, se meu todo
de criatura humana é essencialmente emoção, que ora encanta, ora inebria, ora
assusta?
Tanto ainda
por fazer, tanto ainda por realizar e eu aqui, perdendo textos, desperdiçando emoções...
Não posso,
não devo e não vou...
O recado do
universo me foi dado entre linhas de um novo texto e, é bem assim que este
diálogo se mantém, mesmo que em algumas ocasiões atenta eu não estava para
compreender.
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