segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

ESTRANHAS SENSAÇÕES?


 

Falta-me o ar e o coração parece querer sair pela boca e, no entanto, estou bem...

Conheço essas reações físicas, pois as tenho sempre que estou emocionada, independentemente se de alegria ou tristeza.

Sinto que é uma forma de comunicação entre mim e o universo que, com suas poderosas emanações vibratórias, sinaliza um acontecimento importante, sem ser específico, como um semáforo mental e seu alerta amarelo.

Neste instante, o dia acaba de clarear, ainda nublado, pois, acabou de chover um pouco, se bem que fininho, não intimidando meus pássaros que como eu, resistem as intempéries sem deixarem de cantar.

Enquanto escrevo, divido minha atenção entre a orquestra de Glenn Miller e a orquestra dos pássaros, sem que uma interfira na musicalidade do outro, apenas se completam.

Assim deveriam ser os grandes amores, apenas se completando...

Na tarde de ontem, perdi outro texto, por descuido e desconhecimento das muitas teclas do notebook que inadvertidamente esbarro e aí, lagrimas brotam sem qualquer freio, afinal, cada perda é um hiato que se forma entre mim e a universalidade.

Preciso ter mais atenção, mas como meu Deus, se minha mente, enquanto escrevo, voa despudoradamente, seguindo pássaros e borboletas, viajando entre as lembranças do passado, os sonhos de um futuro hipotético e um presente repleto de expectativas?

Como encontrar o ponto do perfeito equilíbrio entre o lúdico e o real, se meu todo de criatura humana é essencialmente emoção, que ora encanta, ora inebria, ora assusta?

Tanto ainda por fazer, tanto ainda por realizar e eu aqui, perdendo textos, desperdiçando emoções...

Não posso, não devo e não vou...

 

O recado do universo me foi dado entre linhas de um novo texto e, é bem assim que este diálogo se mantém, mesmo que em algumas ocasiões atenta eu não estava para compreender.

 

 

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