terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

ANNA PAULA -MINHA PÉROLA

 

Duas semanas com “casamentos de viúvas” diariamente e, tem dias que se dividem em duas etapas, pois, apesar de preferirem se casar pela manhã, as vezes são tantas noivas, que precisam buscar as tardes ensolaradas para deixarem rolar dos céus, suas lágrimas de felicidade.

E aí, andar com o guarda-chuva na bolsa ou no carro é a única alternativa para não sermos surpreendidos com este espetáculo da natureza que apesar de encantar os nossos olhos, refrescar os nossos corpos, também cria probleminhas surpreendentes, como nos fazer sair correndo da praia, quando, lá estávamos felizes da vida.

Sol e chuva, casamento de viúva, quem não lembra desta expressão idiota e sem nexo que nossas mães repetiam sorrindo para nos mostrar com esta analogia esdrúxula um dos movimentos mais belos da natureza.

E aí, volto com as lembranças da infância simplesmente deliciosa que pude oferecer a minha filha Anna Paula, cercando-a de muito verde, muitos pássaros e de toda a riqueza variada disponível na natureza em aromas e sabores e que ela, sapeca e de espírito livre, abraçou, sentindo-se parte integrante de toda aquela magia, sem qualquer receio de com pés descalços, desenhar no seu todo de criatura humana, os desenhos originais de sua fértil imaginação.

Provavelmente por esta adição de vida e liberdade, minha garotinha se tornou mulher, jamais se conformando com qualquer tipo de aprisionamento e sem qualquer resquício de rudeza de alma, tornando-se a cada instante, solidária e autêntica, amiga generosa e sincera, parceira firme nas suas exigências, doce encanto de criatura.

Não precisa estar por perto para sentir a dor alheia e não precisa estar longe para simplesmente, dizer adeus.

E pensar que fui eu, esta porra louca que te criou...

Que pedacinho de céu é você minha filha!

 

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