Duas semanas
com “casamentos de viúvas” diariamente e, tem dias que se dividem em duas
etapas, pois, apesar de preferirem se casar pela manhã, as vezes são tantas
noivas, que precisam buscar as tardes ensolaradas para deixarem rolar dos céus,
suas lágrimas de felicidade.
E aí, andar com o guarda-chuva na bolsa ou no carro é a única alternativa para não sermos surpreendidos com este espetáculo da natureza que apesar de encantar os nossos olhos, refrescar os nossos corpos, também cria probleminhas surpreendentes, como nos fazer sair correndo da praia, quando, lá estávamos felizes da vida.
Sol e chuva,
casamento de viúva, quem não lembra desta expressão idiota e sem nexo que
nossas mães repetiam sorrindo para nos mostrar com esta analogia esdrúxula um
dos movimentos mais belos da natureza.
E aí, volto com
as lembranças da infância simplesmente deliciosa que pude oferecer a minha
filha Anna Paula, cercando-a de muito verde, muitos pássaros e de toda a
riqueza variada disponível na natureza em aromas e sabores e que ela, sapeca e
de espírito livre, abraçou, sentindo-se parte integrante de toda aquela magia,
sem qualquer receio de com pés descalços, desenhar no seu todo de criatura
humana, os desenhos originais de sua fértil imaginação.
Provavelmente
por esta adição de vida e liberdade, minha garotinha se tornou mulher, jamais
se conformando com qualquer tipo de aprisionamento e sem qualquer resquício de
rudeza de alma, tornando-se a cada instante, solidária e autêntica, amiga
generosa e sincera, parceira firme nas suas exigências, doce encanto de
criatura.
Não precisa
estar por perto para sentir a dor alheia e não precisa estar longe para simplesmente,
dizer adeus.
E pensar que
fui eu, esta porra louca que te criou...
Que pedacinho
de céu é você minha filha!
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