domingo, 31 de janeiro de 2021

ENXERGANDO SEM OS VÉUS DOS ENGANOS


 Enquanto existirem pessoas desabrigadas ou mal abrigadas em palafitas, casas de restos de madeira, lonas e até mesmo debaixo de pontes e viadutos, não me venham defender nenhum político, nenhum judiciário, nenhum militar, enfim, nenhuma força de poder dominante.

Não me venham falar de absolutamente ninguém ou entidade que consegue conviver com o caos humano, com a degradação moral das cracolândias, espalhadas em cada canto deste imenso país.

Não me insultem defendendo pessoas que poderiam fazer a bendita diferença, educando, curando, amenizando os flagelos sociais, mas não o fazem, agarrados que estão, às suas próprias vaidades.

Somos uma raça hipócrita, incoerente, medrosa, insegura, vaidosa, prepotente, arrogante e extremamente burra, e imprimimos tudo isso e muito mais em nossas intenções e ações, mesmo aquelas que se apresentam recobertas de flores angelicais, para camuflar o piche ressequido de sua própria realidade.

Somos essencialmente maus e a nossa omissão frente às imponderáveis diferenças que se apresentam no convívio sistêmico é a expressão dura e cruel do que representamos como raça em meio às savanas sociais, que elaboramos e mantemos com esmero satânico.

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