É uma
realidade emocional de grande parte das pessoas que postergam atitudes que
precisam ter em relação a isto ou aquilo, principalmente se o caso em questão,
não está incomodando mais do que o esperado e aí, em dado momento, vem
abruptamente a “surpresa” da constatação da pouca ou nenhuma consideração que
foi dispensada ao digamos “problema”.
Daí,
estar-se por todo o tempo em contínuas surpresas, seja por uma dor física que
se vai adiando a ida ao médico, seja aquela pessoa que te aporrinha em demasia,
seja ao companheiro(a) com o qual, já não se tem amor, seja pelo tratamento
frio e até grosseiro que se recebe em determinados locais, mas ainda assim,
seja aquele chefe abusivo que se esteja tolerando há anos e por aí vai...
Situações
que incomodam, mas que por um motivo ou outro, justifica-se postergar em função
disto ou daquilo que parece ser mais importante e, aí, em dado momento a coisa extrapola
e diante da criatura, o chão se abre, o mundo desaba e em questão de segundos,
a “coisa”, toma proporções de terremoto emocional, transformando-se em uma “grande
realidade”, quando é tão somente o resultado previsível do pouco caso que se
ofereceu a questão.
Portanto,
nesta quarta-feira de cinzas atípica, por causa da pandemia, que consigamos
fazer uma reflexão em relação a tudo ou parte do que nos amola em nossos
cotidianos, impulsionando-nos a simplesmente agir, segundo a lógica do bem
viver, preservando-nos das futuras desagradáveis “surpresas” que até podem
demorar, mas que com certeza, chegam.
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