domingo, 14 de fevereiro de 2021

UM NOVO AMANHECER

Bom dia, essa é a expressão que usamos como forma civilizadamente educada de nos dirigirmos aos demais, num gesto de interatividade e, no entanto, logo em seguida, somos capazes de empanar e até mesmo, exterminar com o dia de um outro alguém e esta dualidade que queiramos ou não admitir, reside em cada ser humano e de tempos em tempos, aflora com mais ou menos ênfase nas sociedades.

Por quê, em pleno domingo de carnaval que nos remete a músicas e alegrias, estou escrevendo, justo sobre o lado agressivo de todos nós?
Provavelmente, porque esta é uma época em que a cada ano, a agressividade ao contrário de ser contida pela euforia do lúdico, tornou-se o estereótipo da liberação de um tudo emocional até então, contido, levando as pessoas a literalmente se liberarem e consequentemente se agredirem sem contenção, deixando fluir tudo quanto, até então, havia sido enclausurado numa redoma conscientemente lacrada pelas conveniências de qualquer natureza.
Passado o carnaval, as variadas consequências se mostram de uma forma ou de outra, inclusive na presença de um profundo vazio que é disfarçada, mas que está lá, bem latente, sufocando as chances de uma real libertação pessoal de ser e de agir, sem o fardo tão pesado de somente se sentir verdadeiramente livre em meio a alucinógena companhia do apenas pontual.
Bom dia Dona Regina e pensar que a senhora jamais fumou um “beck” e ainda assim, vem com estes papos existencialistas esdrúxulos num amanhecer de domingo de carnaval...
Não tem mais o que fazer, minha senhora?
Cruz credo!!!!
Viva o Rei Momo das terras tupiniquins, os confetes e as serpentinas...
Viva o povo brasileiro de João Ubaldo Ribeiro...

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