No dia de
hoje, como nos demais de minha vida, sempre fui alvo de milagres divinos em que
Deus se utilizou de pessoas, pássaros, borboletas e infinitos outros elementos
para aliviarem qualquer maior tensão que eu pudesse estar sentindo.
Até mesmo
através da internet, que dizem ser fria e impessoal, tenho tido incontáveis
demonstrações de profundo carinho de pessoas que sequer conheço pessoalmente,
vindo a comprovar que de verdade a convivência é tão somente uma troca de
vibrações que podem ser amorosas ou não, dispensando para favorece-la,
distâncias ou proximidades.
E é esta
mesma vibração que aproxima qualquer outro tipo de relação e, por não haver uma
atenção mais profunda em relação aos fatos e suas características nos encontros
de qualquer natureza e apresentação, que acontecem inúmeras desavenças ou no
mínimo, desgastes e perdas de tempo, até porque, os sinais existem como poderosos
alertas.
Presunçosos
que somos em relação a nossa capacidade de raciocínio, somos aliciados a dispensar
os sentidos, utilizando-nos tão somente de nossa vontade que se ampara nas
necessidades e desejos, ambos com visões distorcidas das realidades de cada
criatura, uma vez que se encontram contaminados com os hábitos e costumes
sociais e culturais, que descaracterizam as reais necessidades, apesar das
mesmas permanecerem latentes, numa constante cobrança emocional.
As vibrações
são os fios condutores das energias individuais e precisam interagir
harmoniosamente no encontro com outra e este fato não se restringe apenas entre
humanos, mas em relação a tudo que possui vida, apenas ficando evidente quando,
se torna absolutamente explicito, criando uma espécie de repulsa, comum de ser
observado pela violência como se apresenta, mas que ainda assim, não é
devidamente entendido, sendo colocado no patamar de gostos e predileções.
Complicado?
Sim, se
pensar em fazer analises contínuas em qualquer tipo de relacionamento, mas se,
por outro lado for inserido na educação ou condução existencial das criaturas,
quando estas estão no primeiro estágio de aprendizado vivencial, o processo de
reconhecimento e identificação passa a ser tão naturalmente utilizável quanto,
o ato compulsivo de respirar, sem que seja necessário, pensar-se a respeito.
E aí,
torna-se simples, apesar de se estar num quadro complexo que é o contexto da
natureza humana em relação ao tudo mais que a cerca.
As texturas,
os aromas e os sabores, são os caminhos seguros de se chegar a um entendimento
mais preciso.
Quando este
entendimento chega na idade adulta, todo o processo se torna mais lento e
impreciso, uma vez que a criatura já estabeleceu critérios e escolhas que mesmo
que não a satisfaça, a mantém refém por indução de uma lógica oriunda da
conveniência pessoal que na realidade é social, baseada em gostos e falsas
necessidades.
Para um
sábado de fevereiro encalorado que sequer despontou no horizonte, este texto
poderia ser classificado como uma sacanagem da dona Regina, na exposição de
seus mergulhos existenciais, na busca dos entendimentos empíricos da real liberdade
em ser e existir.
O galo até desistiu
de cantar, deve ter enfiado a cabeça por entre as palhas do galinheiro, mas os
pássaros ariscos, já estão chegando com suas naturais algazarras, na busca de
seus alimentos e afinidades de todas as naturezas.
Viva a vida
e toda a capacidade vibratória em simplesmente se sentir existindo de forma
plena e absoluta, atraindo para si, tão somente, as benditas afinidades que de
tão legítimas, só tornam o ato contínuo de existir, uma preciosa relíquia.
Em outras palavras
para os existencialistas, no qual me enquadro, a liberdade de escolha é
determinante e esta, só ocorre com a devida competência se estiver com o
embasamento do conhecimento de si mesmo, ficando para cada criatura humana a
responsabilidade da condução de sua vida.
Então que
incoerência é esta, se a senhora dona Regina, começa este texto e no tudo mais
que já escreveu, gabaritando Deus a todas as bençãos recebidas em sua vida e ao
mesmo tempo, discorre e conclui falando em existencialismo?
Digo a todos
que imediatamente perceberam a incongruência, que nem mesmo os
existencialistas, conseguem deixar de carregar em suas posturas emocionais,
suas muletas de apoio, nem que seja, negando veementemente a existência de
Deus, mas jamais confessam, pois seria academicamente um absurdo.
No meu caso,
como não estou vinculada a qualquer lastro acadêmico, pois meus conhecimentos possuem
como embasamento experiências pessoais e pesquisas in loco de convivências variadas,
afirmo sem receios de críticas que utilizo-me de referências Divinas para
nominar minha mente, já que me é ainda, após tantos entendimentos, assustador pensar
que mergulhei tão fundo que, só eu posso enaltecer ou denegrir meus atos e
pensamentos, porque descruzei os braços, saí da inércia e busquei sem cerimônias
as minhas mais legítimas afinidades, sem esquecer que é bom demais pensar, já
que sou vaidosa, egocêntrica e moleca, que tenho um bendito Deus em minha
mente, favorecendo-me a cada instante e com o qual, posso ser absolutamente
autêntica.
Tudo se
resume na busca legítima de si e na aplicabilidade prática das realidades
encontradas, assim como na disposição em deixar fluir além de si, atraindo
inexoravelmente, tão somente as mais legítimas afinidades que se traduzem em
encontros maravilhosos de pura harmonia, onde as vibrações se fundem.
Ou seja:
Recebo na
mesma qualidade e proporção que ofereço.
Mas por
favor, não confundam com “coisas,” pois estas, são materiais e o
existencialismo trata das posturas emocionais, relacionando-as a mente, senhor
Deus de cada ser vivo.
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