O Carnaval
atípico está começando oficialmente hoje e eu, jamais pensei em viver para ver
o meu Brasil e minha Bahia silenciosos.
Que coisa,
viu!!!
Todos os
dias, uma surpresa, um aprendizado e aí, aflora em minha mente, algumas
diferenças entre o ontem e o hoje e, então, sorrio, afinal, tudo parece
absolutamente diferente, mas na realidade tudo é sempre igual na sua essência,
tão somente, diferenciando-se na apresentação.
Penso nas
canções, nos poemas e no amor, visitando um passado literário de lirismo mais
ingênuo, mais delicado ao se expressar, fruto de um ritmo de vida menos
corrido, menos competitivo, sem tantas influências globais, onde ainda era
possível olhar-se nos olhos mais demoradamente e deles extrair a essência de um
interior.
Mas a
necessidade de se ter um amor e nele poder se entregar, buscando afago e
aconchego, continua exatamente igual, mas são tantos atrativos e desvios,
tantos sins e tantos nãos que, não há espaço para o risco romântico do talvez.
E sem o
talvez, não há investimento amoroso, tudo passa a ser imediato e o amor,
precisa de tempo e de espaço para se estabelecer, precisa do lúdico para
colorir e incentivar o melhor de cada um, porque afinal, a paixão do tesão
inicial é como chuva de verão, refresca e é linda, mas tem tempo de findar e
para mantê-la sempre presente, só mesmo, muitas borboletas, beija-flores e
sabiás, como inspiração.
O lúdico é a
matéria prima de todo grande amor.
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