O dia amanheceu clarinho, prometendo sol pleno e já posso ver minha mangueira abraçada por ele,
em seu todo majestoso.
Que beleza,
meu Deus!
As vezes ele recua, tendo que duelar com as teimosas nuvens que mesmo fracas, insistem em se estabelecer neste espaço celestial e, enquanto assisto esta disputa de poderes, penso em mim e no muito que tive de duelar ao longo de minha vida, tanto e tão dolorosamente, que exauri minhas forças e já não duelo mais.
Desisti?
Não, apenas
me adapto as mudanças de tempo e de espaço, não contrariando a correnteza que
hoje reconheço, não mais ter forças para combater.
Prefiro o
nado livre sem escolher marés, pois já as conheço em suas variantes levianas,
capazes de nos surpreender de um instante para o outro e tudo que preciso é
estar atenta para não me afogar.
Falando
assim parece fácil, mas não é...
Nada mais é
igual?
Mas nunca
foi igual, apenas eu não observava a leviandade das marés e nelas, me atirava
de peito aberto e braçadas firmes, acrescentando às águas, minhas lágrimas de dor
e desilusão.
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