domingo, 22 de dezembro de 2019

NÃO SABEMOS DE NADA



 São quatro horas da manhã, acabo de acordar, e já ouço os pássaros gorjeando em meu quintal e penso, então, que tirando a certeza que depois do dia, vem a noite,  assim como a certeza de que morreremos, o tudo mais, sempre será um aprendizado contínuo, que vai se somando a outros e outros e, em determinado, momento, percebemos que adquirimos uma bagagem de conhecimento, e aí, nos sentimos os tais, acreditando que tudo sabemos e, a respeito de tudo, podemos palpitar.
E, então, fazemos críticas e avaliações sem maiores fundamentos que as suportem, e para os mais ousados eruditos dos conhecimentos de todas as naturezas, nada, absolutamente nada, é mais verdadeiro, que suas opiniões a respeito disso ou daquilo.
Penso, assim, na importância do contraditório, na grandeza de se estar preparado para escutar uma nova visão sobre qualquer coisa, apenas mensurando o grau de sua importância, numa contínua compreensão de que tudo que é pensado e expressado, sempre está inserido nos contextos e se tornam fundamentais, na construção de um entendimento.
Confesso que meu maior aprendizado, foi observando, lendo ou ouvindo os demais, encarando-os como fabulosas fontes de abastecimento, treinando minha mente à bendita seleção do lógico e das apenas ilações, achismos tão corriqueiros, vindo então, a constatar, após longa caminhada, que, geralmente, sabemos muito pouco sobre este todo infinito que nos cerca, mas que forma o que somos, o que pensamos e como agimos, sem esquecer que cada criatura é única, no processamento destas intermináveis informações.
O Natal está chegando e o final do ano também, isso é fácil de entender, até porquê, a mídia comercial não nos deixa esquecer que precisamos confraternizar, nem que seja, por um curto período no ano, a fim de não nos permitir esquecer, que a vida é bonita e que precisamos sempre, de pelo menos, um outro alguém, para ser e
acontecer com nossa bagagem de conhecimento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...