Nesta quase
duas décadas em que resido e trabalho em Itaparica como cidadã e comunicadora, busquei
incessantemente, incentivar com meus aplausos os políticos em suas exitosas
realizações em prol do povo e da cidade, para que tomassem gosto e
prosseguissem com seus feitos, assim como fui uma dura crítica no ostracismo ou
improbidade que constatei, mas que infelizmente, nunca pude provar, pois, afinal, é público e notório que
determinadas atitudes que se tornaram recorrentes no meio político, contam, não
só com uma malha bem organizada de amparo jurídico, como com as limitações de
gente como eu que, apesar de enxergar o mal feito, não tem meios de ir fundo nas
investigações.
Penso então,
que somente através de uma união forte de pessoas qualificadas em meios
distintos é que, seremos capazes de mudar esse jogo doentio, que flagela a
nossa e a maioria das cidades brasileiras, onde o povo sofre, pede, mendiga por
direitos básicos, enquanto, aqueles que são colocados no poder com os votos
populares, regalam-se em mordomias e improbidades, sem qualquer maior noção de
responsabilidade social, cercando-se de parasitas sanguessugas que juntos, numa
união que se estende e se funde a cada eleição, para beberem por tempo indeterminado o sangue
fértil que jorra incessante nas veias de entrada do erário público.
O que chamam
de “acordos políticos”, na realidade e na imensa maioria das vezes, são
negociações podres que geralmente ocorrem, até mesmo entre inimigos declarados,
tendo como princípio primeiro, alianças que possam garantir a continuidade de seus
crimes públicos/sociais.
Eles se unem
e nós, enquanto, povo nos dividimos, incentivados por eles, numa sucessão
interminável de indução à ignorância cidadã.
Queremos que
mude, mas insistimos em cometer os mesmos erros, fracionando nossas visões de
progresso e nossos votos, garantindo assim, a continuidade de nossa flagelação
se não, intrinsecamente pessoal, no mínimo em relação ao nosso território vivencial
que, jamais, aprendemos a preservar.
Fora aos
parasitas, sanguessugas, acordos de gavetas, nepotismos vergonhosos, mentiras
descaradas, inoperâncias gritantes dos que adentram no poder sem qualificações.
Chega de analfabetos
funcionais, mas espertinhos que lotam as secretarias e todo e qualquer órgão
público.
Chega de
discursos inflamados e recheados de promessas que não se cumprem e que, quando,
são, surgem capengas e sem qualquer qualidade que perdure, pelos próximos
quatro anos.
Vergonha deveríamos
sentir em aplaudir políticos que ainda debocham da nossa legítima reivindicação
por decência e correção públicas, como se pelo fato de exigirmos o digno e o
humano, fôssemos uma escória sem respeito e consideração.
Chega de políticos
descarados que escarneiam daqueles que gratuitamente e muitas vezes
apaixonadamente, oferecem seus esforços para melhorar o sempre esquecido.
Chega de negar
cidadania aos forasteiros que verdadeiramente amam e se dedicam à cidade, enquanto,
validam os nativos que os mantém numa imensidão de desvalidos, na escravidão do “SIM
SENHOR”.
Vergonha deveríamos
sentir por aceitar que desfilem suas improbidades, por cima das nossas
carências.
2020 está
chegando e com ele, rogo a Deus e as pessoas sérias de propósitos, venham a se
unir em caravanas nos bairros, como fazem os candidatos em épocas eleitoreiras
e sob o sol divino, mas escaldante da determinação, possam adentrar nas
residências e comércios, numa missão coletiva de conscientização de direitos.
Devemos
dizer “CHEGA” seguido de: VÃO CANTAR NOUTROS TERREIROS”, porque aqui em nossa cidade,
“NÃO DÁ MAIS”
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