segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

VÃO CANTAR NOUTROS TERREIROS...



Nesta quase duas décadas em que resido e trabalho em Itaparica como cidadã e comunicadora, busquei incessantemente, incentivar com meus aplausos os políticos em suas exitosas realizações em prol do povo e da cidade, para que tomassem gosto e prosseguissem com seus feitos, assim como fui uma dura crítica no ostracismo ou improbidade que constatei, mas que infelizmente, nunca pude  provar, pois, afinal, é público e notório que determinadas atitudes que se tornaram recorrentes no meio político, contam, não só com uma malha bem organizada de amparo jurídico, como com as limitações de gente como eu que, apesar de enxergar o mal feito, não tem meios de ir fundo nas investigações.
Penso então, que somente através de uma união forte de pessoas qualificadas em meios distintos é que, seremos capazes de mudar esse jogo doentio, que flagela a nossa e a maioria das cidades brasileiras, onde o povo sofre, pede, mendiga por direitos básicos, enquanto, aqueles que são colocados no poder com os votos populares, regalam-se em mordomias e improbidades, sem qualquer maior noção de responsabilidade social, cercando-se de parasitas sanguessugas que juntos, numa união que se estende e se funde a cada eleição, para  beberem por tempo indeterminado o sangue fértil que jorra incessante nas veias de entrada do erário público.
O que chamam de “acordos políticos”, na realidade e na imensa maioria das vezes, são negociações podres que geralmente ocorrem, até mesmo entre inimigos declarados, tendo como princípio primeiro, alianças que possam garantir a continuidade de seus crimes públicos/sociais.
Eles se unem e nós, enquanto, povo nos dividimos, incentivados por eles, numa sucessão interminável de indução à ignorância cidadã.
Queremos que mude, mas insistimos em cometer os mesmos erros, fracionando nossas visões de progresso e nossos votos, garantindo assim, a continuidade de nossa flagelação se não, intrinsecamente pessoal, no mínimo em relação ao nosso território vivencial que, jamais, aprendemos a preservar.
Fora aos parasitas, sanguessugas, acordos de gavetas, nepotismos vergonhosos, mentiras descaradas, inoperâncias gritantes dos que adentram no poder sem qualificações.
Chega de analfabetos funcionais, mas espertinhos que lotam as secretarias e todo e qualquer órgão público.
Chega de discursos inflamados e recheados de promessas que não se cumprem e que, quando, são, surgem capengas e sem qualquer qualidade que perdure, pelos próximos quatro anos.
Vergonha deveríamos sentir em aplaudir políticos que ainda debocham da nossa legítima reivindicação por decência e correção públicas, como se pelo fato de exigirmos o digno e o humano, fôssemos uma escória sem respeito e consideração.
Chega de políticos descarados que escarneiam daqueles que gratuitamente e muitas vezes apaixonadamente, oferecem seus esforços para melhorar o sempre esquecido.
Chega de negar cidadania aos forasteiros que verdadeiramente amam e se dedicam à cidade, enquanto, validam os nativos que os mantém numa imensidão de desvalidos, na escravidão do “SIM SENHOR”.
Vergonha deveríamos sentir por aceitar que desfilem suas improbidades, por cima das nossas carências.
2020 está chegando e com ele, rogo a Deus e as pessoas sérias de propósitos, venham a se unir em caravanas nos bairros, como fazem os candidatos em épocas eleitoreiras e sob o sol divino, mas escaldante da determinação, possam adentrar nas residências e comércios, numa missão coletiva de conscientização de direitos.
Devemos dizer “CHEGA” seguido de: VÃO CANTAR NOUTROS TERREIROS”, porque aqui em nossa cidade, “NÃO DÁ MAIS”

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