As águas
jorram incessantes, deslizando pelos rochedos, encharcando as vegetações pelo
caminho e estilhaçando-se impiedosamente no poço aos seus pés.
De onde
estou, poço ouvir o som constante e que para mim são músicas universais, posso
sentir os respingos frios a arrepiar-me o corpo e, num êxtase inigualável, me
deixo abraçar pela força barulhenta desta natureza, acolhendo também uma
infinidade de forças silenciosas e aparentemente submissas à sua majestade Cachoeira.
Bem sei que
toda esta opulência, sozinha, não sobreviveria, assim como entendi, desde muito
cedo, que sem este conjunto de forças, eu nada seria, apenas um espectro respirando
como tantos outros.
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